Agentes Comunitários de Saúde participam de formação sobre primeira infância na Amazônia

Compartilhe essa notícia com seus amigos!

Oficina realizada na sede do Projeto Saúde e Alegria, reuniu Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das comunidades da Resex Tapajós Arapiuns 

O Projeto Crianças com Saúde e Alegria promoveu uma nova ação, desta vez, com profissionais de saúde das comunidades contempladas pela iniciativa. A ideia foi buscar junto aos ACS, informações sobre o desenvolvimento das crianças nas comunidades da Amazônia, para compor um plano com estratégias aplicáveis à realidade do público local.

Numa soma de esforços entre o setor de Educação e Comunicação do PSA que coordena o projeto e o Programa de Saúde do PSA, foram implementadas metodologias de diálogo para coleta das informações. A enfermeira Marcela Brasil, do PSA, contou que durante o mapeamento, os agentes de saúde, apontaram elementos prioritários nas comunidades: “Quatro temas foram eleitos: planejamento familiar, pré-natal, esquema vacinal e a saúde familiar e seu ambiente”, conta. A partir do mês de setembro, os módulos da Educação Permanente em Saúde, contemplarão os temas apresentados por eles para melhorar as condições de saúde nas comunidades.

A ACS Clívia Maria Oliveira da Vila de Boim, região do Rio Tapajós, mencionou a dificuldade que os profissionais enfrentam para realizar suas atividades, sem equipamentos básicos de apoio como mochilas, balanças, botas e fardamentos. Comentou ainda a importância do encontro para subsidiar atuações em defesa das crianças na comunidade: “Surgiram vários temas sobre violência contra as crianças, falta de vacina, pré-natal. Sempre a maioria das mães dizem que o leite não sustenta. Quando a mãe amamenta de verdade, a criança não adoece com frequência” – conta.

O ACS Adilson Carvalho da comunidade Cabeceira do Amorim, região do Tapajós, avaliou a oficina como uma oportunidade de melhorar a atuação em saúde para as crianças ribeirinhas: “Foi muito importante pra gente depois de mais de dois anos sem treinamento no PSA. Esses quatro temas a gente quer aprofundar mais para trabalhar nas comunidades com as crianças”.

As informações serão incorporadas a uma diretriz com o panorama do ser criança na Amazônia. A iniciativa busca promover o desenvolvimento saudável da primeira infância nas comunidades da bacia do Rio Tapajós, diminuindo doenças, favorecendo o crescimento e desenvolvimento, estimulando o aprendizado e o fortalecimento de vínculos familiares.

O projeto atua especialmente na faixa etária da primeira infância que vai dos 0 aos 6 anos, incluindo também o acompanhamento de mulheres grávidas. Nesta etapa o projeto está voltado para mobilizar as comunidades e para realizar um diagnóstico sobre a realidade da primeira infância. Segundo a pedagoga do PSA, Adma Guimarães, é fundamental investir nessa fase da vida para o desenvolvimento adequado desse público: “A infância é crucial pra criança, porque uma criança que não tem infância, se torna um mini adulto e se torna uma criança que tem o seu desenvolvimento ceifado ali. Quando se possibilita essa criança viver a plenitude do ser criança, a gente tem um desenvolvimento saudável” – destaca.

Após o diagnóstico, serão lançadas campanhas de educação e prevenção. O projeto conta com o apoio da Porticus – uma organização internacional que https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistra e desenvolve os programas filantrópicos, lutando por um futuro justo e sustentável, onde a dignidade humana possa florescer. “O objetivo é promover o desenvolvimento saudável da criança na primeira infância de 0 a 6 anos. Para isso nessa primeira etapa estamos colhendo informações. Construindo junto com as comunidades e aldeias informações sobre o que é ser criança dentro desse contexto de Amazônia, florestas. Como essas crianças vivem e a que direitos elas têm acesso” – explicou a assistente social do PSA, Ananda Pacheco.

Compartilhe essa notícia com seus amigos!

Deixe um comentário

Rolar para cima