Água potável chega a aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas: conheça o Cisterna

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Programa desenvolvido através da chamada pública do governo federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Social do Programa Nacional ‘Cisterna’ de apoio a captação de água da chuva e outras tecnologias sociais de aceso a água é coordenado pelo Projeto Saúde e Alegria em Santarém e executado pela Asproc, Sapopema e Somec

Em pouco tempo mais de 600 famílias receberão as tecnologias nas regiões da Flona, Várzea e Lago Grande. Desde maio de 2018, quando foi feita a assinatura do programa os moradores das áreas beneficiadas pelo projeto vivem a expectativa de dias melhores com a instalação de sistemas de captação da água e construção de sistema de saneamento.

Os serviços são executados por três instituições contratadas para atuar em diferentes regiões: Nas aldeias Taquara e Bragança e Comunidades Pini, Marae e Acaratinga – localizadas na Flona a responsabilidade é da Asproc que já começou a entregar as primeiras tecnologias em uma cerimônia simbólica neste sábado (17).

Na várzea os serviços são feitos pela Sociedade Para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente – Sapopema – que desenvolve nas comunidades Urucurituba, Aramanai, Igarapé do costa e Correio do Tapará as construções de um Sistema Pluvial Multiuso Comunitário para implantação de redes de abastecimento de água em comunidades rurais e o Sistema Pluvial Autônomo que vai atender famílias isoladas.

Na região do Lago Grande as construções de sistemas de abastecimento de água com calha e caixa d’agua de mil litros em cada residência estão na fase inicial e é de responsabilidade da Somec.

Segundo o coordenador do Programa de Saneamento Comunitário do Projeto Saúde e Alegria Carlos Dombroski as unidades já começaram a ser entregues e em pouco tempo todos os beneficiados terão em casa acesso à água limpa de maneira prática: “É de extrema importância porque são comunidades isoladas, principalmente na várzea. A gente sabe do liquido que essas famílias consomem. Mediante essa implantação vamos estar levando uma água pura para essas famílias” – explica.

Em algumas comunidades, a falta de saneamento é tão grave que já resultou na morte de moradores. “ – Por exemplo, a Aldeia de Taquara, perdeu nesses últimos três anos doze pessoas. E tem a suspeita de que algumas dessas [mortes]  foi em função do consumo da água, porque eles consumiam direto do rio, igarapé e poços rasos. E o sistema de água agora é moderno, com água em todas as casas, tecnologia de captação e energia solar”.

As comunidades e aldeias contempladas são isoladas dos centros urbanos. Na várzea a constante dinâmica de cheia e baixa da água influencia na qualidade do liquido. Em Igarapé do Costa, comunidade da várzea a dificuldade começa na coleta da água no verão, quando o rio fica distante das residências. Para o pescador Waldir Rego os integrantes das famílias contempladas estão contando os dias para mudar a qualidade de vida. Com o sistema de captação da água da chuva, e instalação de banheiros, terão mais dignidade e um pouco menos de esforço físico no transporte de água: “a água a gente pega do rio, leva pra casa e coloca numa caixa que é puxada a mão e a gente ‘bota’ pra filtrar. Cada casa tem um biofiltro. Se viesse direto do rio não teria condição, é barrenta demais

” – destaca.

Esse processo de filtragem para diminuir a concentração de impurezas ocorre após um longo processo que começa com a coleta. O ribeirinho revela que leva 45 minutos para fazer o percurso de aproximadamente 250 metros. Com o sistema de encanamento da água coletada da chuva, os dias dedicados ao transporte do carote no ombro terão fim. “A gente vai ficar mais tranqüilo. Eu  com uma expectativa muito grande e vai ser muito bom para as famílias”.

Sobre o Programa Cisterna

Em maio de 2018 foi feita a assinatura do programa que faz parte da chamada publica do governo federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Social do Programa Nacional ‘Cisterna’ de apoio a capacitação de água da chuva e outras tecnologias sociais de aceso à água.

O objetivo é realizar ações de captação de água e promover saneamento, uma vez que os moradores dessas áreas contempladas, não tem nenhum sistema de abastecimento. Em Santarém o programa é coordenado pelo Projeto Saúde e Alegria e executado pelas Organizações Não Governamentais Sapopema, Asproc e Somec.

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