Engenheiros florestais do Saúde e Alegria contribuem para conservação das florestas na Amazônia

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Oito engenheiros e engenheiras florestais atuam no Programa Floresta Ativa do Projeto Saúde e Alegria. Profissionais promovem acompanhamento técnico junto às populações da floresta, buscando geração de renda e conservação da biodiversidade

“Desde pequena a coisa que eu mais amava, era entrar na floresta e encontrar a nascente que abastecia minha casa. Aquilo pra mim era muito mágico. Toda vez que eu entrava na floresta, eu sentia o frescor, a natureza, os animais, as plantas e a importância da floresta para nossas vidas” – conta a engenheira florestal e mestra em Ciência de Florestas Tropicais – INPA, Olivia Beatriz. Pra ela, que hoje integra a coordenação do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta do Projeto Saúde e Alegria, poder contribuir com a estratégia de valorização das cadeias produtivas da floresta e apoiar as mulheres na manutenção da floresta em pé, representa uma importante missão, aprendida na academia.

“Foi com a formação que eu passei a aprender a pesquisar e argumentar sobre a importância da floresta e dos povos da floresta para conservação da natureza, da humanidade e do planeta terra. Atualmente no programa Floresta Ativa eu atuo com os negócios da sociobiodiversidade de base comunitária. Apesar de eu não estar na parte prática do manejo florestal e da implementação dos sistemas agroflorestais que é uma área que eu gosto muito, eu estou atuando com os negócios, com os empreendimentos que são feitos a partir desses recursos florestais com as cooperativas, associações, pensando em estratégias, em como tornar esses negócios mais sustentáveis e viáveis economicamente” – ressalta.

Mobilizações do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta.

Laura Lobato, engenheira Florestal e Mestranda em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), integra a equipe de campo do Programa Floresta Ativa. Na ponta, junto aos moradores de áreas da Floresta Nacional do Tapajós e da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, é apoiar no fortalecimento das atividades em quintais produtivos, com plantios, roçados, vieiros e coletas de frutos de produtos florestais não madeireiros. “O engenheiro florestal é a pessoa capaz de planejar, estruturar projetos, pensando em como gerir a floresta da melhor forma. A atuação do PSA tem sido alinhado à conservação devido aos projetos estarem voltados à proteção e conservação da biodiversidade. O Saúde e Alegria tem pensado muito no reflorestamento no sentido dos quintais agroflorestais. Tem sido pensados viveiros florestais nas comunidades para abastecer esses sistemas das famílias. Trazendo essas alternativas, as famílias vão se desviar do caminho mais fácil que seria  extrair madeira” – destaca.

Steve Mcqueen, engenheiro florestal e mestre em manejo da floresta, atua há mais de quinze anos em ecossistemas florestais. Trabalhando diretamente com populações e florestas, ressalta que a engenharia florestal é uma grande aliada na proteção às riquezas naturais. Os profissionais do ramo são responsáveis por toda uma estratégia que inclui vegetação, pessoas e animais. “A saúde das florestas também é a saúde das pessoas. A gente procura conciliar a saúde humana, dos animais com a saúde da floresta. Assim a gente vem trabalhando com o desenvolvimento sustentável, conservando o ambiente onde está o ser humano, os seres vivos, os animais e as florestas” – conta.

Neste dia 12 de julho, em que se comemora o dia do Engenheiro Florestal, o Projeto Saúde e Alegria presta uma homenagem a este profissional responsável por analisar os ecossistemas florestais e planejar estratégias para que seja feito seu uso de maneira sustentável. A data escolhida em 12 de julho de 1073, faz menção a São João Gualberto, que foi escolhido pelo Papa Pio XII, em 1952, como o Protetor dos Florestais.

“No Saúde e Alegria, a gente busca trabalhar essa produção sustentável. Conciliar esse desenvolvimento mais harmônico onde nós buscamos a geração de renda, conservação desta floresta. Buscamos a restauração desses ambientes onde já tinha floresta e não tem. É um trabalho que envolve educação, escolas, pais, mães, adolescentes, toda a comunidade. Desse jeito, nós procuramos trabalhar essa economia da floresta em pé” – acrescenta Mcqueen.

Equipe técnica do Projeto Saúde e Alegria realiza acompanhamento contínuo nas comunidades manejadoras da andiroba.
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