Jornada do Abaré na Resex promove atendimentos em saúde e oficinas de comunicação

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Rodada de atendimentos do barco hospital na região possibilitou acesso a serviços de saúde à cinco comunidades isoladas da Amazônia;

No período de 5 a 15 de agosto o Abaré percorreu comunidades na Resex e possibilitou o acesso dos ribeirinhos à consultas médicas, odontológicas, oftalmológicas, dermatológicas, aplicações de flúor, dentre outras. Esta foi a sexta viagem do Abaré em 2019 fruto da parceria entre Ufopa, Semsa, PSA, Sesai e voluntários.

A expedição do Abaré em agosto deste ano ofertou atendimentos domiciliares com foco ao tratamento de vermes, sarnas, anemias, febre amarela e outras doenças, além de vacinação explicou o médico fundador do PSA – Eugênio Scannavinno.

Além dos serviços em saúde, foram desenvolvidas oficinas de comunicação e produção de material audiovisual. “A ideia foi falar sobre a importância da comunicação para a comunidade. Como é que a juventude pode se comunicar, mostrar sua cultura, o seu talento, como é que as crianças escutam as histórias e repassam essas histórias e depois fazer filme disso” – disse o arte educador do PSA – Walter Oliveira.

A ideia é que a partir das oficinas os jovens possam produzir vídeos, filmes e documentários sobre a própria cultura e comunidade para a exibição no ‘Mocorosca’ realizado no próximo dia 25 de outubro em Alter do Chão durante o Festival de Cinema. Para marcar o encerramento da rodada foi realizada apresentação de circo.

O Abaré

O primeiro barco hospital completa em 2019 treze anos de existência. O modelo de saúde básica itinerante virou política pública na Amazônia e no Pantanal em 2010, quando o governo federal lançou a estratégia de Saúde da Família Fluvial, e tornou o modelo navio-hospital uma política com abrangência para as duas regiões.

Com estrutura adaptada a realidade amazônica, o navio-hospital Abaré começou a navegar nas águas do Rio Tapajós em 2006 através do Projeto Saúde e Alegria (PSA), em parceria com as prefeituras locais e com apoio  da ONG holandesa Terre Dês Hommes (TDH), então sua proprietária. Nesse primeiro contato, foram aproximadamente 15 mil ribeirinhos de 72 comunidades das áreas rurais dos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro que passaram a ter acesso regular aos serviços básicos de saúde, com visitas a cada 40 dias, percorrendo longas distâncias e chegando em locais praticamente excluídos da rede pública.

Com 93% de resolutividade – apenas 7 a cada 100 pacientes sendo encaminhados para os centros urbanos- a exitosa experiência tornou-se objeto de estudo do Ministério da Saúde, para então lançar em 2010 a política de Saúde da Família Fluvial para levar, através de barcos de atendimento, serviços regulares de saúde e prevenção para brasileiros que vivem em locais isolados.

A partir dela, o ministério faz repasses federais diretos aos municípios da área de abrangência, que giram em torno de um milhão e cem mil reais anuais por embarcação. São destinados para uso exclusivo das unidades de atendimento no apoio às despesas com combustíveis, medicamentos, tripulação, equipe médica, entre outras necessidades.

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