Mulheres Empreendedoras da Floresta realizam atividades para estruturação do curso de gestão e governança de cooperativas e associações

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O Projeto lançado pelo Saúde e Alegria e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares  de Santarém e financiado pela União Europeia, se prepara para uma nova fase: a estruturação do curso de gestão e governança de cooperativas e associações

Desde março, quando iniciaram as atividades do projeto, foram realizados 16 encontros para mobilização e apresentação nos municípios de Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra e Aveiro, envolvendo cerca de 314 pessoas. Também foram realizados diagnósticos de sete organizações, dentre elas, quatro cooperativas e três associações.

Com a perspectiva de fortalecer as organizações produtivas e promover a viabilidade econômica da floresta em pé através da capacitação e empoderamento de mulheres e jovens na gestão de negócios da sociobiodiversidade, o projeto realizou no período de 08 a 12 de agosto, encontros com o conselho consultivo composto por vinte e seis instituições locais.

A intenção desta fase, é dialogar com as representações sobre as necessidades das organizações apoiadas, para planejar as ações e os módulos do curso, bem como estruturar um núcleo pedagógico que irá apoiar e orientar a execução do curso. “Os diagnósticos e as oficinas vão servir pra gente validar, compartilhar e pensar em como esses desafios vão ser trabalhados no curso”, explicou a coordenadora de monitoramento do projeto, Olívia Beatriz.

As atividades iniciaram com encontro entre o assessor institucional Alcidir Mazutti da União Nacional das Cooperativas da Agricultura e Economia Solidária (UNICAFES) e o conselho consultivo do projeto, composto por 24 organizações. A intenção é criar um programa de formação continuada que oriente a revitalização das iniciativas econômicas da agricultura familiar com foco na economia solidária.

Uma reorganização no processo da organização de cadeias produtivas com foco na maior viabilidade e geração de renda e maior resultado para as comunidades”, ressaltou Mazutti ao descrever que a região possui um grande potencial de manutenção da floresta em pé, com a perspectiva de desenvolvimento de negócios sustentáveis que não precisam ser importados. “Aquilo que o PSA e o STTR estão fazendo é inovador: enfrentar o problema. Provocar uma ruptura entre aquilo que já se faz, com a criação de soluções que possam ser participativas, democráticas, e mais efetivas e eficientes para que os negócios alcancem viabilidade” – acrescentou.

Para o consultor que elaborará o plano do curso, um dos maiores desafios desta fase é criar condições para que mais defensores da construção apliquem soluções para as demandas, otimizando ações, para ser mais assertivo no desenvolvimento da proposta. Para composição do núcleo pedagógico, além das organizações executoras do projeto, foram convidados representantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Santarém, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) campus Alenquer e Santarém,  Casa Familiar Rural de Santarém, PAE Lago Grande e Belterra. Para o professor da Ufopa, Raoni Azerêdo, o núcleo pedagógico é de extrema importância para pensar a curto, médio e longo prazo o cooperativismo na região. “O projeto começa com quatro cooperativas que já têm um diagnóstico com as potencialidades e fragilidades encontradas. 

O núcleo pensaria em assessoria técnicas e formas de intercooperação para que essas instituições possam integrar as cooperativas em redes. O núcleo poderia pensar os materiais didáticos. Dá um dinamismo. Dá pra fazer um acompanhamento do início ao fim. Elevar o nível econômico das cooperativas, mas com conhecimento, com formação” – ressalta. A formação desse núcleo será formada por especialistas do tema e organizações que têm essa expertise e representante das cooperativas.

O projeto também está estruturando o programa de capacitação e suporte permanente para utilização de ferramentas digitais, com readequação de dois telecentros comunitários e disponibilizar e acesso à internet para  seis empreendimentos, visando a gestão de organizações e negócios comunitários, esclarece Beatriz: “A gente tem como público as cooperativas e associações da região Oeste do Pará para fortalecer os negócios comunitários, dando visibilidade e atuando na gestão/https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistração desses negócios, com cursos de gestão, cooperativismo, chamada pública para financiar esses empreendimentos, conectividade, conexão, tecnologias digitais”.

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