No PA, enfermeiros de áreas ribeirinhas concluem formação sobre intoxicação por mercúrio e acidentes causados por animais peçonhentos

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Profissionais de saúde de regiões da Amazônia, participam da estratégia de Educação Permanente em Saúde (EPS), fruto da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria, UFOPA e SEMSA de Santarém. Iniciativa utiliza a metodologia da Universidade Aberta do SUS (UNASUS)

O período chuvoso em áreas da floresta amazônica, alerta para o risco de acidentes por animais peçonhentos. Nessa época do ano, é comum que os répteis procurem abrigos próximos às residências. A incidência de casos, é motivo de preocupação para profissionais de saúde que atuam em áreas isoladas, pois é preciso agir rápido e com protocolos adequados.

Em Santarém, uma iniciativa do Projeto Saúde e Alegria, Secretaria Municipal de Saúde e Universidade Federal do Oeste do Pará tem na Educação Permanente em Saúde, uma formação contínua para capacitar enfermeiros e agentes comunitários de saúde. Eles participam de curso da plataforma da Universidade Aberta do SUS (UNASUS), de forma presencial com especialistas que ministram os conteúdos do módulo. Na última sexta-feira (05), concluíram o curso de atenção à saúde da população ribeirinha.

“Esse curso é EAD, mas são realizados encontros presenciais com especialistas no assunto para que os enfermeiros de áreas ribeirinhas tenham conhecimento especializado do conteúdo do curso e tenham facilidade de realizar as avaliações. Temos diversos temas desde o planejamento em saúde, políticas públicas voltadas para a população ribeirinhas, arboviroses (doenças provocadas por picadas de mosquito – dengue, chicungunha, febre amarela, malária)” – explica a Enfermeira do PSA, Marcela Brasil.

Neste encontro, além de debater os “Acidentes por animais peçonhentos”, foi abordada a “Intoxicação por mercúrio” com a professora Dra. da Ufopa, Heloisa Meneses, que destacou as causas da contaminação ambiental e os efeitos para a saúde humana. “Reforçamos a importância de considerar a exposição ao mercúrio como um problema de saúde pública, de incluir no histórico do paciente informações que podem indicar, do ponto de vista epidemiológico, uma  suspeita de exposição mercurial. E que se necessário, seja solicitado exame de sangue para comprovar laboratorialmente a exposição. É muito importante notificar esses casos, fazer o acompanhamento pré natal com as grávidas e informá-las sobre o risco da exposição ao mercúrio na gestação” – conta.

Primeiro módulo da Educação Permanente em Saúde voltada aos enfermeiros, destacou importância do planejamento em setembro de 2021.

Desde setembro de 2021, os enfermeiros participam de módulos que contam com a participação de infectologistas e dermatologistas, especialistas em temas como hanseníase, leishmaniose, malária e hepatites virais. “Concluímos com sucesso. Agora os enfermeiros vão realizar suas avaliações na plataforma para receberem seus certificados. Vamos escolher um novo tema para que comecemos a trabalhar a partir do mês de abril/maio. Os temas são escolhidos pelos próprios profissionais de saúde, de acordo com as principais necessidades” – esclarece Brasil.

“Pra gente que trabalha com os ribeirinhos, isso é de extrema importância, para também atingir as metas que o município precisa” – comenta a enfermeira de Vila de Boim, Valdicleia Oliveira.

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