Levantamento feito pelo PSA com 50 manejadores da Resex, Flona, Eixo Forte e Lago Grande apontou produção de mais de mil e seiscentos litros de mel das abelhas jandaira e canudo.
A atividade de grande potencial econômico é também a chave para a geração de renda para os comunitários aliando o cuidado ao meio ambiente. O levantamento feito com manejadores da Floresta Nacional do Tapajós, Eixo Forte, Resex e assentamento PAE Lago Grande apontou que esses cinquenta produtores manejam 1.700 colmeias de abelhas das espécies canudo e jandaira que produziram 1600 litros de mel no período do início do ano de 2018 até maio de 2019.
Os dados foram coletados durante o intercambio do mel realizado pelo Saúde e Alegria na comunidade Anã nos dias 27 e 28 de maio. O encontro promoveu o diálogo entre os profissionais para apresentação de experiências para que contassem como estão desenvolvendo o manejo, onde vendem o mel e como está o mercado consumidor para o produto.
Investir no processamento da cadeia produtiva do mel, construção de infraestrutura adequada é uma demanda do negócio para organizar e otimizar as iniciativas comunitárias. “Um dos grandes desafios da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns e da Floresta Nacional do Tapajós é a geração de renda para as comunidades. Elas tem um grande potencial de recursos naturais que são pouco aproveitados para gerar uma nova economia em bases sustentáveis” – Explicou o coordenador de comunicação do PSA, Fábio Pena.
Durante o intercambio o manejadores foram distribuídos kits pelo PSA para melhor organizar a atividade, com macacão, bota, peneira, balde, chapéu, embalagens para colocar mele espátulas. Os materiais são fundamentais para garantir a segurança e a produtividade do trabalho, explicou o técnico do PSA Alexandre Godinho.
A padronização dos manejadores para ampliar a possibilidade de conquistar o mercado consumidor é um desafio encarado pelo PSA com os manejadores que recebem a assistência técnica para melhorar a produção sustentável.
Durante o evento, os produtores visitaram meliponários, participaram de aulas práticas sobre coleta de mel e polém. Eles também deliberaram sobre a construção da nova casa do mel que será no Terreno da Cooperativa do Baixo Amazonas – Acosper. Neste local será feita a recepção do produto, assim como o beneficiamento do e envase.
Para casa os manejadores levaram tarefa: fazer os testes de conservação do mel por meio da maturação do mel. Em três meses, em um novo encontro o mel será degustado por profissionais para avaliar a qualidade. (A maturação é o processo de fermentação do mel que deve atender rigorosamente aos procedimentos de conservação por mais tempo).
Próximo encontro
O evento da agroecologia está marcado para os dias 25, 26, 27 e 28 de junho no CEFA, Resex. Nesta data, além de cumprir a tarefa, os manejadores participarão do teste de pasteurização do mel – processo em que o mel é colocado em banho Maria para ser conservado por mais tempo. O projeto é desenvolvido com o apoio da Fundação KAS e Fundo Amazônia/ BNDES.
Fotos: Walter Oliveira/ divulgação PSA.