União Europeia visita Projeto Saúde e Alegria e conhece ações das Mulheres Empreendedoras da Floresta 

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Chefe da Delegação da União Europeia no Brasil desembarcou em Santarém, onde conheceu dependências do PSA, STTR e ACOSPER. Na região do rio Arapiuns, visitou duas comunidades de artesãs da palha de tucumã e produtores de mel de abelha sem ferrão 

Até 2025, um projeto lançado pelo Saúde e Alegria e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (STTR) de Santarém, receberá o apoio da União Europeia para fortalecer os negócios da sociobiodiversidade de base comunitária, através de capacitações, modelagem de negócios, infraestrutura e empoderamento feminino.

Na última semana, a região que sofre pressão e aumento nos índices de desmatamento devido a pecuária extensiva, agronegócio, garimpo e extração ilegal de madeira, recebeu a visita do alemão Stefan Agne da União Europeia. No período de 23 a 24 de setembro, o membro da delegação visitou a sede do PSA, a cooperativa Turiarte, o STTR de Santarém, o recém reformado Telecentro do STTR, as obras do Ecocentro e o escritório da cooperativa Acosper. Em Urucureá, na região do Arapiuns, visitou o grupo de artesãs da Turiarte e a comunidade São Francisco, onde conheceu as produtoras e produtores de mel de abelha sem ferrão,  e o viveiro de mudas nativas.

Comunidade São Franciscor recebendo visita da União Europeia.

Recebido por lideranças e comunitários e comunitárias beneficiados pelo projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, Stefan viu de perto, um pouco de onde o recurso está sendo implementado e como as atividades contribuem para a vida das populações ribeirinhas.

Na expedição, o representante conheceu ainda o Refeitório de Urucureá, acompanhou o processo de produção dos artesanatos da Turiarte, os viveiros, os meliponários, as hortas e  produção de farinha. O Presidente da Acosper, Manoel Edivaldo, falou sobre a importância do acompanhamento da UE: “A visita à comunidade São Francisco do Arapiuns foi muito positiva porque ele presenciou um pouco da realidade da nossa comunidade e a logística da nossa região. São Francisco é uma das comunidades envolvidas no Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta apoiado pela União Europeia. Ela exerce atividades como a meliponicultura, avicultura, hortas, sistemas agroflorestais e derivados da mandioca. Pra nós da comunidade e Acosper, essa visita teve um significado muito importante para cada vez mais ampliar o envolvimento no projeto”, conta.

Em Urucureá, 43 pessoas integram o Grupo Tucumarte que maneja a palha do tucumã na produção de artesanato, através da Turiarte. Para Isabel Cardoso, coordenadora do Grupo de Urucureá, o reconhecimento da experiência é fruto do apoio que os moradores têm recebido nos últimos anos. “Somos certificados e hoje trabalhamos com a produção da palha do tucumã de boa qualidade, padrão e acabamento. Hoje nós estamos bem representados no mercado e somos felizes porque somos reconhecidos”. Sobre a visita, contou que foi fundamental para mostrar como os comunitários têm potencializado seu trabalho: “Nós nos sentimos muito felizes em receber o representante europeu que apoia o projeto. Nós tivemos a oportunidade de mostrar cada passo do nosso trabalho pra ele”.

Recém reformado, Telecentro está na fase de instalação de equipamentos.

A produção do trançado de palha da Turiarte a partir das folhas do tucumã, chamou a atenção do visitante. Mulheres das comunidades do Arapiuns extraem a fibra usada para trançar cestos, mandalas, bolsas, colares, vasos, baús com desenhos geométricos de estilo próprio e cores vibrantes. Tingidas com pigmentos naturais em fervuras de plantas encontradas na Amazônia, as fibras dão cor e geram renda às cooperadas da entidade. Para Sônia Martins, Secretária da Turiarte: “É uma alegria ver esse projeto sendo implementado dentro das comunidades. Eu vejo que esse projeto só traz coisas boas, beneficiando as nossas comunidades”.

A visita possibilitou ao representante da UE, acompanhar o processo de execução prática do projeto, conhecendo as dependências das estruturas disponibilizadas ao público, como o telecentro que está em fase de conclusão e instalação de equipamentos. “Foi muito bacana, é super importante a gente mostrar para os financiadores a vivência, conhecer o território da Amazônia, as realidades, as comunidades. Foi muito proveitoso”, comentou a coordenadora de monitoramento do Projeto Mulheres Empreendedoras, Olivia Beatriz.

Mulheres Empreendedoras da Floresta

Com a perspectiva de fortalecer as organizações produtivas e promover a viabilidade econômica da floresta em pé, através da capacitação e empoderamento de mulheres e jovens na gestão de negócios da sociobiodiversidade, o projeto implementa ações como o curso de aprimoramento na gestão e governança de cooperativas e associações, através de um curso aprofundado de dois anos.

O projeto é formado por um conselho executivo composto por representantes das instituições proponentes e conselho consultivo formado por representantes das cooperativas e associações beneficiárias, entidades públicas e privadas envolvidas no projeto.

A iniciativa está estruturando um programa de capacitação e suporte permanente para utilização de ferramentas digitais, com readequação de dois telecentros comunitários e disponibilizar e acesso à internet para os seis empreendimentos, visando a gestão de organizações e negócios comunitários.

Ouça à playlist do projeto aqui:

 

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