Aldeias munduruku conquistam sistemas de energia solar para bombeamento de água

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Nesta semana, indígenas da aldeias Munduruku do médio Tapajós/Itaituba-PA – Sawré Jaybu, Dace Watpu e Sawré Muybu comemoraram instalações de sistemas fotovoltaicos;

A alegria está completa para 51 famílias indígenas das três aldeias Munduruku de Itaituba, beneficiadas com tecnologias de água encanada e banheiros, e mais recentemente com sistemas fotovoltaicos para bombeamento de água implantados pelo Projeto Saúde e Alegria com apoio da Fundacao Mott. As instalações reduziram a necessidade de óleo diesel usado em motores de bombeamento dando mais autonomia às aldeias. Com energia limpa, os moradores conquistaram também economia no custeio das operações.

“A partir das instalações fotovoltaicas as aldeias passam a utilizar uma fonte de energia renovável e ter mais autonomia no abastecimento, sem depender exclusivamente do diesel, o grupo gerador, que tem um alto custo e logística de transporte complexo. Além disso, os moradores receberam capacitação para operação e gestão dos sistemas e controle na qualidade da água, que visa instruí-los quanto aos aspectos técnicos operacionais, ambientais e sociais que envolvem um sistema de abastecimento de água” – explicou Jussara Batista, do programa de Energias Renováveis do PSA.

Foram beneficiadas 51 famílias das aldeias Munduruku do médio Tapajós/Itaitutba-PA – Sawré Jaybu, Dace Watpu e Sawré Muybu.

As instalações dos kits fotovoltaicos foram a segunda etapa da construção de sistemas de abastecimento nessas aldeias, sendo a primeira a implementação da tecnologia social n° 07 do Programa Cisternas (elevado com filtragem, módulo domiciliar com captação de chuva, banheiro e pia) entregue em maio de 2021.

“A comunidade ficou muito feliz de ontem pra cá porque as caixas de todas as famílias encheram e agora, graças a Deus, a comunidade está vendo água direto nas suas caixas, nos seus banheiros” – relatou o cacique Juarez da Aldeia Sawre Muybu.

Os sistemas solares fotovoltaicos para bombeamento de água foram implementados em três aldeias Munduruku de Itaituba-PA – Sawré Jaybu (17 famílias), Dace Watpu (16 famílias) e Sawré Muybu (18 famílias). A atividade foi realizada em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI Rio Tapajós), e tem como objetivo promover o acesso à água potável nesses locais.

“A partir do momento que você tem um equipamento que vai funcionar naquele território por 24 horas e você não vai ter mais desabastecimento, vai facilitar a vida dos usuários. Com as instalações das placas solares, nós tivemos uma redução no gasto do combustível, manutenção nos equipamentos. A regularidade no fornecimento de água que funciona em tempo integral. Agora é uma outra realidade com a melhoria da qualidade de vida dos usuários dos sistemas” – disse a Coordenadora do Dsei Rio Tapajós, Cleidiane Carvalho Ribeiro.

Sistemas de água e saneamento para nove aldeias munduruku 

Em maio deste ano, foram entregues 112 (cento e doze) sistemas de água encanada e banheiros, investimentos essenciais para melhorar as condições sanitárias e o enfrentamento da Covid-19 para as aldeias Sawré Jauby, Datie Watpu, Boa fé, Sawré Muybu, Sawré Aboy, Dajé Kapap, Karo Muybu, Poxo Muybu e o PAE Montanha-Mangabal.

As tecnologias foram construídas em caráter emergencial e mobilizaram uma complexa logística com caminhões e balsas no transporte de materiais para construção de banheiros com fossas sanitárias para cada família, sistemas de bombeamento de água, de captação das chuvas, de distribuição através de redes hidráulicas até as casas, entre outras tecnologias sociais, como parte das metas do Programa Cisternas que vem sendo implementado na região pelo PSA.

As obras contaram com as parcerias da ASPROC (Associação dos Produtores Rurais de Carauari), co-executora das obras, envolvendo também a FUNAI, o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) do Rio Tapajós, e a Associação Pariri dos Povos Munduruku.

Até junho de 2021, o PSA beneficiou 32 comunidades com sistemas de energia solar para bombeamento de água para mais de 1.500 famílias.

“Um projeto que veio na hora certa. É muito necessário dentro de uma comunidade porque não é justo qualquer pessoa tomar a água desse rio que está completamente poluído” – ressaltou o gestor do programa de água do Projeto Saúde e Alegria (PSA), Carlos Dombroski.

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