Coletas foram realizadas em quinze comunidades da Resex Tapajós/Arapiuns em agosto;
O Projeto Saúde e Alegria entregou até agosto de 2021, 75 sistemas de água para comunidades e aldeias de Santarém, além de tecnologias implementadas em outros municípios da Amazônia. Um trabalho dedicado ao benefício de populações isoladas que sofriam com a ausência de água potável, como Mangal. “Muita gente usava água do Igarapé e essa água estava causando muitas doenças. Eles acabavam consumindo essa água sem nenhum tipo de tratamento e aí dava diarreias e outras doenças. Agora com o microssistema vai minimizar essas doenças” – relatou o coordenador do microssistema na comunidade, Fagner Araújo.
Os sistemas são entregues aos comunitários, que passam a gerir os sistemas com gestão participativa e coletiva. Eles conquistam a responsabilidade dos sistemas que precisam de manutenção contínua e avaliações periódicas para examinar a qualidade do líquido fornecido nas localidades.
“O monitoramento da qualidade de água dos sistemas implementados pelo PSA faz parte do projeto àgua+acesso, realizado em parceria com a Fundação Avina e o Instituto Coca Cola. As análises são feitas de acordo com a Portaria de consolidação N° 5, de 28 de Setembro de 2017 do Ministério da Saúde, que define parâmetros para potabilidade. O monitoramento permite identificar quais sistemas precisam de intervenções como adequação, limpeza dos poços e rede de distribuição e tratamento. Esse processo é feito com auxílio do cloro para consumo humano em níveis controláveis, que é utilizado na desinfecção e controle microbiológico da água” – explicou a técnica do Programa de Água e Energias Renováveis do PSA, Jussara Salgado.
Para identificar a situação de sistemas comunitários de abastecimento de água, em agosto foram coletadas amostras de água nas comunidades de Arapiranga, São Miguel, Anã, Maripá, Cabeceira do Maripá, Vila Franca, Urucureá, Nuquini, Boim, Surucuá, Aldeia de são Pedro, Retiro, Parauá, Mangal e Pedra Branca.
As amostras coletadas serão processadas em laboratório de Santarém, onde passarão por análise de potabilidade da água. Segundo a bióloga do PSA, Ana Daiane, foram coletadas amostras de água para realização de análise físico-química com uso de kit prático de potabilidade (Alfakit) composto por reagentes de alcalinidade total, cloretos, dureza, pH, ferro, oxigênio consumido. “O objetivo é verificar se a água desses sistemas está potável para consumo humano” – explicou.
Os resultados estão sendo processados e serão divulgados para as comunidades em uma semana.