Oficina de modelagem de negócios marca nova fase do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta

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Vinte e cinco cooperativas e associações participaram da jornada de modelagem que busca o fortalecimento dos negócios comunitários

O Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) e o Projeto Saúde e Alegria se uniram para promover um ciclo de modelagem de negócios de empreendimentos comunitários da região do baixo Tapajós.  No período de 20 a 28 de março, lideranças participaram das primeiras oficinas de modelagem de processos de negócios, uma ferramenta importante para entender as etapas e ativar os fluxos de trabalho. As oficinas fazem parte do projeto da Conexsus: Conexões Ecoforte que envolve diversas organizações, dentre elas algumas que estão na estratégia do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta.

O ciclo de modelagem de negócios possibilitou a identificação de gargalos,  e problemas que estejam impedindo o crescimento do empreendimento e a melhoria das tarefas. A coordenadora do núcleo de negócios da floresta – sociobioeconomia de base comunitária do PSA, Olivia Beatriz, ressaltou que foi um encontro de oportunidades com sinergia entre as organizações. “A modelagem de negócios é conseguir fazer o molde e tentar materializá-lo para que o negócio dê certo, se estruture, prospere. É um momento de muita reflexão. Quais são os valores? como o produto vai se comunicar com o cliente? qual cliente é ess? Como você vai apresentar e qual a proposta de valor”.

Uma oportunidade atraente para jovens que atuam em comunidades tradicionais como Apolo Sousa, de Tapará Grande. Manejador de abelhas, e filho de cooperada ele visualiza uma forma de prosperar o negócio familiar que gera renda com a conservação das florestas. “Pra nós juventude, é muito interessante levar pra comunidade o conhecimento em que nós podemos nos ver no mel uma cadeia que nós podemos obter o lucro financeiro, socioeconômico preservando a mata, a floresta, mantendo ela viva. Para nós foi muito benéfica essa oficina de modelagem”, ressalta.

Modelando o turismo de base comunitária da cooperativa Turiarte- a cacica Irenilce Batista, vice presidente da cooperativa está ansiosa para iniciar os trabalhos do receptivo turístico da Aldeia Vista Alegre de Capixauã, uma infraestrutura apoiada pelo Programa Floresta Ativa do Projeto Saúde e Alegria, que está em fase de conclusão – Com o Turismo de Base Comunitária (TBC), a aldeia garante renda e fortalece a conservação na região da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. “ Hoje estou muito feliz de participar dessa oficina que é importante pra nós que trabalhamos com TBC. A gente está tirando as dúvidas de como trabalhar com o turismo dentro do nosso território”.

A equipe técnica da cooperativa Acosper, que se prepara para inaugurar o entreposto do mel de abelha sem ferrão , também participou da oficina, e aproveitou para iniciar a modelagem do negócio do mel, segundo Adriana Alves “A cooperativa trabalha com produtos da agricultura familiar e aqui o nosso foco é trabalhar o mel nas redes sociais, a apresentação dele pra públicos direcionados, tudo isso vai facilitar o comércio e é um grande marco da cadeia produtiva e da economia local, mais voltada para o Cooperativismo”.

A Conexus com apoio da Fundação Banco do Brasil, planeja novas etapas da formação, conta o analista de ecossistemas Conexus Sustentável, Wallace Ferreira: “a atividade de modelagem de negócios comunitários serve para que as lideranças e seus negócios possam ter mais esclarecimento das suas organizações e para onde eles querem chegar. As estratégias que eles querem desenvolver, que produtos eles querem comercializar, proposta de valor, comunicação, receitas, parceiros e todos os negócios para que a gente tenha um raio-x”.

A intenção é atingir o fortalecimento dos negócios comunitários, das Cooperativas e Associações da região do baixo Tapajós, nos municípios de Santarém, Belterra, Mojuí dos Campos. O coordenador de programas socioambientais da Conexus, Pedro Frizo, explica que os trabalhos seguem até o segundo semestre de 2024: “Como elas podem melhorar seus processos produtivos, gerenciais e comerciais que possam contribuir com seu crescimento. Trazer soluções para o acesso ao crédito rural por parte dos associados como também da própria Conexus para acesso a capital de giro”.

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