Internet será usada em embarcação que realiza atendimentos, exames e cirurgias em comunidades da Amazônia
O Projeto Saúde e Alegria (PSA), por meio da Rede Conexões Povos da Floresta, entregou equipamentos que permitem conexão de internet via satélite à Marinha do Brasil. Os dispositivos vão ser instalados no Navio Auxiliar Pará, que atua nos rios da Região Norte do Brasil, apoiando as ações de assistência hospitalar às populações ribeirinhas. O objetivo é fortalecer a conexão em áreas isoladas, e possibilitar a realização de diagnósticos e teleconsultas, e assim colaborar para melhorar a saúde nesses territórios.
“São ferramentas que também podem ser implantadas nas Unidades de Saúde, e essa vem para apoiar as ações desse navio que são importantíssimas, uma vez que saúde na Amazônia é uma das maiores demandas que tem”, destacou o médico e fundador do PSA, Eugênio Scannavino.
O navio conta com salas especializadas em exames, procedimentos cirúrgicos, e atendimentos odontológicos. Além de farmácia, laboratório e consultórios que possibilitam a telemedicina. Durante a entrega, representantes do PSA visitaram os espaços e compartilharam experiências de atendimentos médicos às populações na Amazônia. Também dialogaram sobre de que maneira essa ferramenta amplia as possibilidades de realizar consultas, laudos de exames e procedimentos, com o auxílio da internet.
“A entrega dessa antena vai facilitar o atendimento e a conexão do navio, que muitas vezes faz telemedicina. Em Santarém, estamos realizando os exames de mamografia por telemedicina, o laudo está sendo feito por um radiologista em outra cidade. Então, facilita a entrega desses serviços a população. Além do uso dos sistemas do SUS, como o prontuário eletrônico do cidadão, que já estamos passando pela fase de implementação, e isso facilita os atendimentos e entregas à população” ressaltou o Comandante do Navio Auxiliar Pará, CC Felipe Barra Borel.
Além da antena, o PSA entregou um computador, celular, roteador e cabos para atender toda a necessidade de uso das equipes de atendimentos. O projeto custeia a conexão por um ano, e realiza formações para garantir a estabilidade da internet. Após a entrega, dois tripulantes do navio passam por orientações para conhecer, entender e colocar em funcionamento a conexão. Dessa forma, além de entregar os dispositivos, o projeto auxilia nos procedimentos e dúvidas para cumprir o objetivo de uso dessa ferramenta.
“É uma satisfação a gente estar facilitando e qualificando a vida e a saúde da população carente, de áreas remotas e de territórios tradicionais indígenas e quilombolas. A gente distribui essas antenas para que eles possam utilizar a tecnologia da inclusão digital para dentro, utilizando a internet, eles possam fazer educações permanentes em saúde com os profissionais da saúde, também utilizar essa ferramenta para inclusão dos dados no sistema de informação do SUS, e possibilita utilizar a internet para novas ferramentas como telemedicina que pode facilitar o acesso às consultas médicas e consultas médicas especializadas”, contou a enfermeira, Marcela Brasil.
“Essa antena vem reforçar a capacidade do navio, e dos atendimentos médicos que tem feito aqui pela Amazônia. Faz parte de um projeto grande, de distribuição de 4 mil antenas para comunidades tradicionais. Antenas com fins sociais, no apoio a saúde, educação, cultura e o empreendedorismo”, enfatizou, Scannavino.