Kits foram doados ao Serviço de Edificação e Saneamento Ambiental Indígena do Distrito
O Projeto Saúde e Alegria (PSA) entregou, nesta terça-feira (3), kits com equipamentos que aferem a qualidade da água nos territórios atendidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) – Rio Tapajós. A ação faz parte do Projeto Aliados pela Água, uma iniciativa apoiada pela Coca-Cola e Fundação Avina. O PSA, por meio dos apoiadores, está comprometido em garantir não só o acesso à água, mas também a confiança de que ela é própria para o consumo. Os dispositivos foram doados ao Serviço de Edificação e Saneamento Ambiental Indígena do DSEI-RT, e vão atender populações impactadas pelo garimpo ilegal e mudanças climáticas.
Foram doados 2 kits de análise e monitoramento da qualidade da água com equipamentos que permitem medir os parâmetros de pH, turbidez, cor e coliformes fecais e totais. Através do monitoramento é possível identificar as condições da fonte de abastecimento de água e definir o tipo de tratamento a ser dado, caso algum parâmetro esteja em desconformidade.
“É um momento muito importante para o DSEI-Rio Tapajós receber esses equipamentos, mais uma iniciativa doada pelo PSA. Os kits vão servir para fazer a análise da água no territórios indígena Munduruku, no Alto Tapajós, Baixo Tapajós, e a etnia Munduruku situada na região de Novo Progreso” destacou o Coordenador do DSEI-RT, Haroldo Munduruku.
O Rio Tapajós apresenta riscos de contaminação em alguns trechos, por conta da poluição provocada pela atividade garimpeira, além da concentração de bactérias por conta da forte estiagem. Com os kits, será possível verificar a qualidade da água nessas áreas, e verificar se os sistemas implementados pelo PSA estão promovendo água em estado adequado a essa população.
“O PSA não está comprometido apenas no acesso à água, mas também verificar se essa água é adequada para o consumo. Oficializamos a entrega desses equipamentos, que permitem fazer as análises físico-químicas, e também insumos bacteriológicos, que vão garantir e melhorar a rede de vigilância da DSEI-RT, em Itaituba” destacou o técnico de campo do PSA, Rodrigo Souza.
Há seis anos o PSA realiza atividades no território Munduruku, como a instalação de tecnologias sociais que garantam acesso à água, e saneamento básico à população. Os sistemas possibilitaram uma considerável redução no número de ocorrências de contaminações, segundo o DSEI-RT, e avisa o adoecimento de idosos e crianças. No entanto, com o avanço das atividades de mineração ilegal, monitorar a qualidade do que é consumido é necessário para evitar contaminações e registros de infecções, por meio da água, nesses territórios.
“Estamos atuando com projetos de acesso à água no território indígena Munduruku desde 2018, em ações colaborativas com o DSEI – RT e Associações Indígenas nos municípios de Itaituba e Jacareacanga. Essa parceria trouxe importantes conquistas para os territórios que sofrem com os impactos causados pela exploração ilegal do ouro. Já foram implementados 15 sistemas de abastecimento nas aldeias Mundurukus, o monitoramento da qualidade da água utilizadas nesses sistemas é fundamental para atestar os parâmetros de potabilidade definidos em portaria pelo Ministério da Saúde”, pontuou a Coordenadora do Programa de Infraestrutura Comunitária PSA, Jussara Batista.
