A Comissão de Direitos Humanos da Alepa concedeu a comenda Paulo Frota à defensores de direitos humanos na última quarta-feira (07/12) em Belém, PA
Em alusão ao dia Internacional de Direitos Humanos, comemorado no próximo dia 10 de dezembro, o deputado Carlos Bordalo, que preside a Comissão Permanente de Direitos Humanos e defesa do Consumidor (CDDHC-ALEPA), entregou ao Projeto Saúde e Alegria uma homenagem em forma de reconhecimento pela luta em defesa dos direitos de populações indígenas e tradicionais da Amazônia. Ao longo destes 35 anos de atuação junto às comunidades e aldeias da região do Tapajós, a instituição tem lutado pelo bem-viver garantia destes povos.
“Muito agradecido com a Comenda Paulo Frota de Direitos Humanos pelos serviços prestados à Sociedade Paraense. A gente fica feliz por esse reconhecimento, valorização desse trabalho, principalmente porque esses últimos quatro anos foram muito difíceis para ativistas, ribeirinhos, indígenas, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, trabalhadoras e trabalhadores rurais, defensores de meio ambiente”, comentou o coordenador geral da ONG, Caetano Scannavino.
A Sessão Solene foi realizada no plenário Newton Miranda depois de dois anos de interrupção por causa da pandemia da Covid-19, marcando a retomada da cerimônia presencial, que agraciou também outras pessoas e instituições que se destacaram nesse período.
O deputado Bordalo destaca que a medalha Paulo Frota, representa o reconhecimento do parlamento do Pará às iniciativas que promovem e defendem os direitos humanos, a vida, a integridade de comunidades tradicionais e que promovam a saúde, a educação e o saneamento básico contribuindo para um Pará mais humano.
“A democracia é um direito fundamental, que não pode ser ameaçado. Defender a democracia também é fundamental na luta pelos direitos humanos. A desigualdade social cria um fosso cada vez mais profundo entre os poucos que têm muito e a maioria que não possui o básico, e isso é um dos elementos negadores de direitos humanos”, avaliou o parlamentar.
Scannavino lembra que os desafios se acentuaram nos últimos quatro anos, com ataques às instituições do terceiro setor: “Não é de agora que a gente vem testemunhando essa tentativa de desmerecer e criminalizar os movimentos sociais, as Organizações Não Governamentais, e isso é ainda mais agudo na Amazônia e ainda mais no Pará”. Apesar disso, os esforços da instituição e seus parceiros resultaram na melhoria da qualidade de vida para quem vive à margem das políticas públicas de garantia dos direitos básicos, como acesso à água, saúde, educação, comunicação e geração de renda. “Estivemos sempre a frente, seja apoiando quando necessário, seja denunciando violações de direitos humanos, crimes ambientais, é muito importante estar seguindo isso. Com ou sem prêmio, a vida continua, os desafios também. Mas ser agraciado com uma comenda desta nos dá força e energia para acordar no dia seguinte e continuar. De preferência, com saúde e alegria sempre!”, ressalta.