O médico e fundador do Projeto Saúde e Alegria, Eugênio Scannavino, participou do encontro que busca alternativas para doenças de ocorrência tropical
Conceituados especialistas em infectologia de doenças tropicais, cientistas, professores, representantes de universidades, gestores de saúde e instituições como a Fundação Oswaldo Cruz, participaram do 57º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), realizado no período de 13 a 16 de novembro de 2022, no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém – Pará.
Pesquisadores de doenças infecciosas como a Covid-19, febre amarela, malária, gripe, hepatite e doenças transmitidas por água, parasitoses são focos de pesquisa. O evento é considerado o maior evento multidisciplinar em medicina tropical da América Latina, o MEDTROP 2022, organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e comemora os 60 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, onde são apresentados trabalhos científicos que norteiam os tratamentos médicos. “É um congresso bem denso, com bastante informação. O foco é em doenças não priorizadas, são essas doenças infecciosas que só atingem populações mais carentes e que nunca sai remédio pra elas, como a vacina da malária e muitas outras doenças que acometem populações mais pobres e parece que não tem investimento em novas medicações”, ressalta o médico e coordenador do PSA, Eugênio Scannavino.
Em busca de atualização e inovações para esses tratamentos, profissionais da saúde buscam estratégias para combater as doenças que atingem grande parte das populações mais isoladas e que os laboratórios culturalmente não investem.
Anualmente, mais de 3.000 profissionais participam das Reuniões Satélites, dentre elas: a Reunião Aplicada de Doenças de Chagas e Leishmaniose (Chagasleish), Workshop sobre vetores de doenças tropicais (Entomol9), Fórum de Doenças Negligenciadas (Fórum DN), o Workshop da REDE-TB (Rede de Tuberculose) e 2º Fórum COVID-19.
Compôs a programação a mesa do Projeto Saúde e Alegria que apresentou a situação da saúde em áreas isoladas da floresta amazônica. Scannavino que desde a década de 80 atua com projetos de saúde e educação em comunidades ribeirinhas, falou sobre os desafios e necessidades das pessoas que moram na floresta. “É um grande prazer estar aqui, a gente tem mesa pra apresentar o Projeto Saúde e Alegria, da saúde ribeirinha”, diz.
Representando ainda Santarém e região, participaram o médico Erik Jennings que relatou a experiência com os índios Zoé e residentes de infectologia de Santarém.