Neste mês o Programa Cisterna do Ministério do Desenvolvimento Social, coordenado pelo Projeto Saúde e Alegria na região, inicia sua última obra de construção de sistemas de água e saneamento, na comunidade Terra Preta, região do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande;
Mil cento e oitenta e quatro (1.184) famílias já foram beneficiadas com tecnologias de acesso à água e saneamento em comunidades da Resex Tapajós Arapiuns, de várzea, da Floresta Nacional do Tapajós, territórios indígenas Munduruku e Maró, e no Assentamento Agroextrativista Lago Grande. Apenas no Lago Grande, treze comunidades receberam os sistemas de abastecimento. As obras coordenadas pelo PSA, credenciado como gestor do Cisterna na região, foram executadas pela Sapopema, Somecdh e Asproc e acompanhamento da FEAGLE.
Segundo o responsável pelo Programa de Água do PSA, Carlos Dombroski, o programa atingiu até agora sessenta e uma (61) comunidades nos municípios de Santarém, Belterra e Itaituba. “Comunidades mais distantes que nós nunca imaginávamos que um dia pudesse chegar água encanada nas residências hoje é uma realidade” – afirmou.
Neste mês (novembro/2021), as construções chegam à última comunidade: Terra Preta no Lago Grande, onde será construído um sistema para atender a demanda de distribuição de água para aproximadamente 300 pessoas de 61 famílias, que passarão a receber água tratada nas residências. Antes de iniciar a execução, moradores participam de cursos de gestão dos empreendimentos: “O material para construção está comprado. A partir dessa primeira quinzena iniciam as oficinas de capacitação junto às 59 famílias e logo em seguida inicia a chegada dos materiais e construções. A ideia é que antes do natal esteja concluído. É um grande desafio”.
O modelo da tecnologia implementada, será a de número 15 que consiste na construção de um microssistema com reservatório elevado, rede de distribuição nas ruas, captação de água de chuva nas casas, elevado e uma caixa de mil litros para cada residência e ainda construção de banheiros com pia e fossa, possibilitam mais dignidade aos moradores da comunidade. Já famílias que moram em locais mais afastados e de difícil acesso, serão beneficiadas com a tecnologia número 8, que consiste na captação de água de chuva; um elevado com caixa de mil litros; um elevado com caixa de 5 mil litros; um banheiro completo; uma pia de cozinha e um filtro de barro.
Através da parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), um poço de 120 metros foi instalado pela secretaria para garantir o abastecimento ininterrupto. “São parcerias que somam esforços para melhorar a qualidade de vida das famílias nas comunidades”, disse o titular da Semap, Bruno Costa.
De acordo com o Presidente da Somecdh, Joacir Brito, empresa contratada através de chamada pública, a previsão de início dos serviços é para os próximos dias. “Já estamos com todos os materiais em mãos para iniciar os trabalhos na comunidade. Queria parabenizar o PSA e a Prefeitura por terem conseguido através de parcerias e programas, garantir dignidade aos moradores da zona rural. São parcerias que somam esforços para melhorar a qualidade de vida das famílias nas comunidades ribeirinhas”, relatou.