Associações e Cooperativas participam de curso sobre produção e negócios no cooperativismo solidário

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Primeiro módulo do curso do Programa de Educação do Cooperativismo e Associativismo da Agricultura Familiar Agroextrativista integrou mais de setenta agricultoras e agricultores da região durante três dias de formação 

Essa formação vem de encontro aos desejos e sonhos da juventude amazônica”, conta um dos diretores da Federação das Associações de Moradores e Comunidades do Assentamento Agroextrativista da Gleba Lago Grande (Feagle), Ricardo Aires. Liderança da comunidade Membeca, o jovem defende a realização de cursos voltados à capacitação de quem mora na floresta, conciliando renda e conservação. “Trazer essa pauta na perspectiva socioeconômica é muito importante. Conhecendo estratégias de como desenvolver a atividade econômica, por meio do cooperativismo, do empreendimento e inovações”.

A cultura da produção de óleo de coco na aldeia Pinhel, Município de Aveiro, tem promovido geração de renda para o Grupo de Mulheres do Coco, conta a coordenadora, Margarete Pedroso. “Pra gente enquanto mulheres indígenas, é muito importante porque traz um conhecimento pra somar com o que a gente já tem. Esse aprendizado vai fortalecer a nossa organização e a nossa produção do óleo do coco para que a gente continue fortalecida e empoderando as mulheres no sentido de produzir com sustentabilidade, preservando a natureza sem mexer nela”.

O primeiro módulo sobre Produção e negócios no cooperativismo solidário do Programa de Educação do Cooperativismo e Associativismo da Agricultura Familiar Agroextrativista realizado pelo Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, busca aumentar a capacidade empreendedora das organizações de base comunitária através do planejamento, gestão, https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistração, comunicação e tomadas de decisão sobre seus negócios.

Durante a formação, o curso abordou os pilares da sustentabilidade, questionando os pontos necessários para promover o maior e melhor crescimento das cooperativas participantes, como garantir e fomentar a participação dos jovens e mulheres, como desenvolver a capacidade de representação em nível local, estadual e nacional, estimulando a produção e comercialização de produtos extrativistas no país.

O consultor técnico da Unicafes Fabiano Ruas, destacou os aspectos macroeconômicos que influenciam no universo extrativista, a relação equilibrada entre oferta/demanda, canais de comercialização, princípios da organização produtiva e necessidade de valorização do território e identidade. “A finalidade do curso é trazer elementos para organização da produção primária, secundária, do campo e agroindustrialização. E trazer elementos de mercado pra que a gente consiga fazer o planejamento, atrelado a essa demanda e realidade do mercado, valorizando os produtos da floresta e as pessoas que vivem lá”, pontua.

Com a perspectiva de fortalecer as organizações produtivas e promover a viabilidade econômica da floresta em pé através da capacitação e empoderamento de mulheres e jovens na gestão de negócios da sociobiodiversidade, o projeto realizou no período de 17 a 20 de outubro, o curso que contou com a presença de setenta e cinco participantes.

O objetivo desse programa é capacitar e empoderar mulheres e jovens, cooperativas e organizações na gestão e governança de suas organizações e seus negócios que valorizam a floresta em pé”, ressaltou a coordenadora de monitoramento do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, Olívia Beatriz.

Com a construção do futuro entreposto do Mel no Ecocentro, sediado na  sede da Acosper, diretores da Cooperativa falam sobre os desafios da comercialização e recebimento dos produtos. Para o diretor presidente da instituição, Manoel Edvaldo, participar da formação é fundamental: “Pra nós da Acosper está sendo muito importante, porque esse conhecimento em planejamento e gestão dos negócios pra nós faz muito sentido porque estamos diante de um empreendimento que é o Ecocentro pra desenvolver essas atividades. Para isso é importante que estejamos preparados com os princípios do cooperativismo”.

Com atuação em doze comunidades ribeirinhas, a Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (TURIARTE), representa mulheres que tiram o sustento da palha do tucumã. A instituição participou do encontro para alavancar as atividades, contou a presidente, Ingrid Godinho. “Está sendo um divisor de águas dentro dos nossos empreendimentos. As atividades desenvolvidas, envolvimento dos jovens e mulheres, está sendo muito oportuno e de muita relevância”.

O projeto, que conta com o apoio da União Europeia, Good Energy e Natura, é executado pelo Saúde e Alegria e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém, tem como próximas etapas do curso um próximo encontro em novembro e em 2023. Além do Curso de gestão, será também organizado um curso de  ferramentas digitais voltadas ao uso de ferramentas que vão contribuir para a organização dos negócios. A iniciativa está finalizando a instalação de equipamentos no Telecentro do STTR, onde  as organizações poderão utilizar os recursos. As equipes também farão as devolutivas individuais às oito organizações diagnosticadas.  O programa tem a duração de dois anos.

Nesse primeiro módulo, que é sobre organização produtiva e negócios, contamos com a participação de vinte organizações, três cooperativas, sete associações e seis organizações parceiras, 58 mulheres e doze homens e doze jovens” – Ana Maria Guimarães, Técnica em educação do projeto.

Nesse primeiro momento, visa garantir o conhecimento cada vez mais para que possam estar fazendo a gestão das suas cooperativas e associações. Com essa formação, amplia esse conhecimento para organizar sua produção. Que elas possam se desenvolver mais” – Ivete Bastos – STTR.

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