Mais de trinta artesãos das comunidades Urucureá e Aparecida se envolveram na produção entregue em 45 dias à Natura;
O artesanato da floresta chegou às mãos de centenas de parceiros da Natura pelo mundo. A empresa que anualmente presenteia colaboradores e parceiros com kits surpresa, desta vez, investiu na compra de artesanatos produzidos a partir da palha de tucumã dos associados da Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta – TURIARTE para cobrir/fechar a caixa do presente corporativo.
As peças exclusivas, criadas para embalar os cosméticos, foram confeccionadas por mais de trinta moradores das comunidades Urucureá e Aparecida, região do Rio Arapiuns. No mutirão, foram feitas 1.500 luvas (caixas para sabonetes) em um mês e meio. A renda obtida pela venda foi dividida entre as artesãs que se dedicaram à atividade extrativista.
Artesã há mais de trinta anos, Ivaneide de Oliveira de Urucureá, contou que a atividade contribuiu para a renda da comunidade e fortaleceu o propósito da geração de renda sustentável. “Foi uma experiência nova que a gente desenvolveu, com um produto criativo. Foi uma expectativa muito boa pra gente como artesãs. Foram aprendizados novos pra todas as cooperadas e a gente ficou muito satisfeito com essa produção pra Natura” – disse.
Criada em 2015, a Turiarte é formada por moradores de sete comunidades do Rio Arapiuns que em meados dos anos 90 com o apoio do PSA iniciou o resgate da produção artesanal de cestaria em palha de tucumã como fonte de renda complementar.
A Cooperativa busca fomentar a produção e comercialização de artefatos artesanais da floresta, que agreguem matéria-prima extraída de forma sustentável, conhecimento tradicional, identidade cultural, habilidade manual e criatividade.
Em 2021 as produções nas comunidades seguem a todo vapor, explicou a coordenadora de produção da Turiarte, Rosangela Castro: “No final de ano tivemos bastante produção, e agora recebemos encomendas. Começando bem. Essa parceria com a Natura foi muito importante para as cooperativas e ajudou muito os moradores”.
Para o coordenador do Projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino, a articulação das moradoras tem contribuído para a geração de renda com a manutenção da floresta em pé. “Negociando sem atravessadores, entregando no prazo e com o devido controle de qualidade” as mulheres cooperadas têm impulsionado o mercado sustentável e cada vez mais ganhado espaço.