Novo módulo da Educação Permanente em Saúde reuniu cinquenta enfermeiros, agentes comunitários de saúde e técnicos em enfermagem com atuação em comunidades do rio Arapiuns, município de Santarém
Com a reestruturação dos Sistemas de Informação do Ministério da Saúde, aumentou a necessidade de promover capacitação para profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde ribeirinhas. A Educação Permanente em Saúde implementada pelo Projeto Saúde e Alegria em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e apoio da Editora Mol, abordou neste novo módulo o ‘Sistema de informação e-SUS e Indicadores de Saúde’ como tema central.
O encontro realizado nesta segunda-feira (09/10) no auditório do CIAM, contou com a participação de trinta Agentes Comunitários de Saúde, oito Enfermeiros e oito Técnicos de Enfermagem, todos da região do Arapiuns e 03 Enfermeiros do DSEI. “Mostramos indicadores de saúde, como estão as nossas dificuldades e estratégias para alcançá-los. Destacamos de que forma podemos trabalhar em conjunto para cada vez mais aumentar a qualidade dos atendimentos para as populações ribeirinhas e indígenas”, explicou a enfermeira do PSA, Marcela Brasil.
A capacitação contou com a presença de representantes da Saúde Indígena. A enfermeira responsável técnica pelo Pólo-base Santarém, Karlene Lobato, ressaltou a necessidade de momentos de interação entre os profissionais que atuam em áreas de saúde indígena do município, para que atuem de forma integrada, utilizando o sistema. “Importância do trabalho que a Sesai tem aos povos indígenas do baixo Tapajós. A gente vem mostrando que nós somos subsistema do SUS, esclarecendo e tirando dúvidas em relação ao atendimento, metas a serem alcançadas”.
A enfermeira de São Miguel, região do Rio Arapiuns, Zaides Amaral, é responsável pelo acompanhamento de 403 famílias. Ressaltou a necessidade de uso da plataforma de maneira unificada para garantir o repasse de recursos ao governo municipal, equiparado ao número de usuários do sistema. “Vai facilitar a assistência para a nossa população. Foi abordado o sistema do E-Sus, importante para o município, para a gestão. Agora vamos atualizar o sistema, com o cadastro das famílias”.
Maria Pinheiro, da região de Curi, comentou que a prática foi fundamental para alinhar as necessidades de uso do sistema. “A gente aprendeu muitas coisas que estávamos em dúvida, porque a gente não tinha tido um treinamento que nem esse. Ele foi muito proveitoso e a partir de agora a gente vai melhorar muito mais o nosso trabalho”.
A formação faz parte da Educação Permanente em Saúde, idealizada pelo PSA como proposta de fortalecimento da saúde comunitária, por meio de capacitações regulares para ACS, enfermeiros e técnicos que atuam na ponta, em territórios indígenas, ribeirinhos e quilombolas.