Nessa fase, a equipe realiza um diagnóstico das demandas e potenciais da comunidade
As pesquisadoras Adriane Gama e Luiza Cilente, Projeto Rede Comunitária Floresta Digital estão dando continuidade ao trabalho de mapeamento das comunidades participantes do projeto que irá instalar redes comunitárias e. A primeira visita foi nos dias 17 e 18 de setembro, no Território Kumaruara, na Aldeia Vista Alegre do Capixauã. Nesta etapa, são discutidos processos de instalação, desafios nos territórios e estratégias importantes para o desenvolvimento do trabalho na comunidade. O projeto é uma realização da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria (PSA) e a DW Akademie.
“Estamos conhecendo, fazendo um diagnóstico das nove comunidades selecionadas pelo projeto. A ideia é que elas construam as redes comunitárias em cada território, com bastante autonomia. Não basta só ter acesso aos equipamentos, a tecnologia e àinternet, a ideia é que cada comunidade trabalhe de forma coletiva para construir sua rede” explicou Luiza Cilente, coordenadora do projeto DW Akademie.
O objetivo é levar conhecimento sobre as novas ferramentas, tecnologias e como a comunicação pode ser usada como ferramenta de defesa dos territórios. Ao longo do projeto, jovens terão contato com equipamentos e estruturas para aprender sobre a comunicação na Amazônia e vão atuar nessa ferramenta.
“O projeto chega para transformar nós, jovens, e fortalecer nosso futuro, para que ele seja melhor. Sobre a tecnologia, o que sei ainda é pouco, com esse projeto eu vou poder aprender muito mais” ressaltou o participante do projeto, Kendrio Melo Kumaruara.
Nove territórios serão visitados, em 4 estados da Amazônia brasileira: Pará, Amazonas, Amapá e Acre. A primeira visita foi no território Kumaruara, para entender a dinâmica existente na comunidade e planejar a implantação do Floresta Digital.
Expectativa do território
O projeto é desenvolvido de forma lúdica e sistemática, pela Mandala dos Saberes, os participantes apresentaram as suas demandas e desafios que vão poder ser trabalhados com a comunicação e conectividade de base comunitária.
“A gente sai do território já conhecendo a representação de jovens que estarão atuando diretamente no projeto. E pudemos levar isso para a escola, para que os jovens compreendam melhor esses processos das redes comunitárias na Amazônia” disse a pesquisadora do PSA , Adriane Gama.
A comunidade participou de reuniões sobre o projeto, apresentando demandas e desafios que vão poder ser superados com a conectividade e comunicação. Essa também é uma oportunidade para que jovens e mulheres aprendam sobre as ferramentas e desenvolvam essas atividades. Por meio desse diálogo, a equipe deve realizar um planejamento e implantar o projeto no território, com previsão para 2025.
“Nós estamos interessados neste projeto e nos benefícios dele. Está sendo importante, e já vimos o interesse da juventude, das mulheres e das lideranças, que estão participando e trocando esse aprendizado. Somos gratos por essa oportunidade” pontuou Zenilda Kumaruara, Coordenadora do Conselho Kumaruara.