Produção de hortaliças, artesanato indígena, instrumento de colheita de mandioca, produção de ovos caipiras e escola de mandioca são empreendimentos selecionados dentre doze apresentados na última fase do Beiradão.
Jovens de comunidades ribeirinhas e indígenas fizeram a transição de fase nesta manhã de sábado. Ao apresentar o projeto eles oficializam a abertura de um empreendimento na própria comunidade e dão mais um passo rumo ao negócio inovador. “Essa juventude é muito criativa, e naquele momento da vida em que a gente está com muitas dúvidas sobre o futuro, é o momento apropriado para pensar os problemas que temos na nossa região na relação entre campo e mercado, e, pensar soluções de uma forma muito livre e criativa. Esses que serão os novos líderes das relações entre a produção do campo, da Resex e Flona” – ressalta o coordenador do programa de empreendedorismo do PSA – Paulo Lima.
O evento que marca o fim de uma capacitação intensa é também um momento de incentivar a continuidade pela busca de conhecimento. “conclusão de seis meses de muito esforço e muito trabalho. Alguns deles enfrentaram onze horas para chegar aqui de barco para apreender sobre criação de startups, logo, marca, modelo de negócio. A criação dos projetos é um incentivo da permanência deles na comunidade com geração de renda familiar” – explicou a- educadora do projeto juventude floresta ativa – Luana Silva.
Projetos selecionados
A 10ª turma do curso resultou na criação de 12 projetos de empreendimentos nas regiões de origem, onde se destacaram negócios inovadores nas áreas da meliponicultura, artesanato e agricultura. Os cinco melhores avaliados receberão apoio financeiro e assessoria para dar continuidade aos seus negócios. Foram selecionados:
1º lugar: Hortagro – Verduras saudáveis.
2º lugar: Arnai – Artesanato Natural Indígena
3º lugar: Mani – Escola da mandioca
4º lugar: Caipiró – Galinhas e ovos
5º lugar: Velomaq- Colheita de mandioca
Para Ian Tavares empreendedor da Aldeia Camará a oportunidade marcou uma importante fase na consolidação da
valorização da cultura e de um espaço de geração de renda: “a gente projetou uma empresa de fabricação e venda de produtos artesanais indígenas. A intenção é disseminar a cultura dos povos tradicionais e gerar renda” – comentou o jovem que vai reunir toda a produção dos artesãos indígenas locais e vender na internet.
Daiana Pereira de São Pedro na região do Rio Arapiuns desenvolveu um instrumento de colheita de mandioca: “Ela é feita de madeira e assim vai ajudar o agricultor a extrair a mandioca sem ter problema na coluna. Eu sou uma colhedora e eu sofro com esse problema e não só eu como todos sofrem e eu fiz isso para minha comunidade e quem sabe expandir isso para o mundo” – encerra.