Brinquedos adquiridos via COMDCA, fortalecerão primeira infância em comunidades e aldeias da Resex Tapajós Arapiuns

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Projeto ‘Crianças Com Saúde e Alegria’ participou de edital da SEMTRAS, para concorrer a doação de brinquedos adquiridos com o Fundo da Criança e do Adolescente do COMDCA. Itens serão distribuídos para quinhentas crianças de cinco regiões da Resex Tapajós Arapiuns

Quinhentas crianças das aldeias Vista Alegre, Solimões e das comunidades Pedra Branca, Anumã e Carão serão beneficiadas com brinquedos distribuídos ainda neste primeiro bimestre de 2023. O público selecionado faz parte das ações do Projeto Crianças com Saúde e Alegria que em 2022 iniciou as atividades com oficinas para escuta de pais, crianças, profissionais de saúde e educação.

Crianças ribeirinhas se divertindo nas águas do rio Tapajós, em Santarém. Fotos: Pedro Alcântara/acervo Projeto Saúde e Alegria.

Durante as atividades, a equipe do PSA, formada por arteducadores, pedagogos e assistente social, identificou que raramente as crianças das comunidades possuem brinquedos que estimulem a prática do brincar, ressaltou Adma Guimarães. “Quase sempre as avistamos com materiais extraídos ali mesmo, do chão, de árvores, da água como frutas pecas que caem no chão do quintal, pedrinhas ou palhas, galhos e retalhos pequenos que tomam formas na construção coletiva de uma casinha no meio do quintal, ou, optavam por brincadeiras que não façam uso de objetos, como pular na água e subir em árvores”, observou a pedagoga.

Com a oportunidade de conseguir brinquedos para o público através do edital, as profissionais se uniram e escreveram um projeto para concorrer à proposta. A pedagoga explica ainda que brincar é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, social e mental nessa fase da vida. “Tais atividades são tão importantes quanto brincar de boneca, carrinho ou de legos, porém, é vital possibilitar outras formas de brincar, bem como, possibilitar o uso de objetos simbólicos como são os brinquedos convencionais às crianças ribeirinhas e indígenas, visto que agregam vivências novas e mudanças qualitativas no comportamento infantil”.

Brinquedos serão distribuídos neste primeiro bimestre de 2023.

O projeto atua especialmente na faixa etária da primeira infância que vai dos 0 aos 6 anos, incluindo também o acompanhamento de mulheres grávidas. Durante os encontros, técnicos e educadores do projeto identificaram a situação das cinco comunidades, como os pais cuidam dos seus filhos, práticas de higiene, saúde, alimentação, serviços que são e não são realizados nas regiões e os motivos, para mapear as condições para a primeira infância nos territórios. “Esse é um trabalho de fortalecimento de capacidades de atores locais que têm capacidade de lidar com esse tema nas comunidades, como os ACS, para apoiá-los nos seus trabalhos, nas escolas, com professores” – ressaltou Fábio Pena, coordenador do PSA.

Segundo a arteeducadora do PSA, Elis Lucien, o trabalho de promoção ao brincar, faz parte de uma das frentes históricas do Saúde e Alegria. Conseguir meios para garantir o lúdico para as crianças que moram em comunidades e aldeias da Amazônia, é uma prioridade. “Estamos muito felizes em poder levar esses quinhentos brinquedos para essa garotada. É uma forma de estimular novas formas de brincar”, conta.

O repasse dos recursos foi feito pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtras) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdca) através do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. De acordo com a vice-presidente do Comdca, Roselene Andrade, o Conselho abriu edital para que as instituições pudessem inscrever seus projetos e ter acesso a destinação de recursos para o custeio de brinquedos. Através de Termo de Fomento, quatro instituições foram habilitadas no edital: Associação Santarena de Estudos e Aproveitamento dos Recursos da Amazônia (Seara), Mão Cooperadora, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Santarém (Apae) e o Projeto Saúde e Alegria. Essas instituições foram beneficiadas com aproximadamente três mil brinquedos.

Essa parceria do terceiro setor com o poder público é ótima, pois possibilita que as políticas públicas para a infância que muitas vezes acabam sendo acessíveis apenas para as crianças da área urbana, possam chegar também para as crianças indígenas e ribeirinhas que moram na RESEX”, avaliou a assistente social do PSA, Ananda Pacheco.

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