Comunidades Acará-Açu e Abril Vermelho recebem visita do Projeto Rede Comunitária Floresta Digital

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Entre os assuntos discutidos estão os processos de instalação, desafios nos territórios e estratégias para o desenvolvimento do trabalho nesses territórios 

O Projeto Rede Comunitária Floresta Digital está dando continuidade  ao  trabalho de mapeamento das comunidades participantes do projeto, que irão receber  redes comunitárias. As pesquisadoras Adriane Gama e Luiza Cilente, visitaram mais dois territórios, são eles: Comunidade Acará-Açu e Assentamento Abril Vermelho. O projeto é uma realização da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria (PSA) e a DW Akademie. 

“Este encontro presencial ele seguiu em duas atividades: a primeira uma ótima de mapeamento colaborativo e lúdico pela mandala dos saberes, em que eles apresentam seu próprio território; a segunda foi uma visita técnica com essas lideranças para visualização de onde será instalada uma antena de rede comunitária e de como essa rede pode potencializar os empreendimentos socioprodutivos”  disse a pesquisadora do PSA , Adriane Gama.

Visita aos territórios que receberam o Projeto Rede Comunitária Digital

Na Comunidade Acará-Açu, as pesquisadoras conheceram a população que vai ser beneficiada pelo programa e puderam ouvir os desafios dessa comunidade. A ida ao território anima quem vive a expectativa por receber as redes de conexão, e leva conhecimento sobre o trabalho a ser desenvolvido a partir das instalações. 

“Essa vinda do projeto até nós é um gás, porque traz aquele pensamento que realmente o Projeto tem interesse em nosso território, estão vindo conhecer, vivenciar e trazer essa conexão. Antes mesmo de se formar rede nos territórios, o Projeto em si precisa tá conectado, os territórios precisam estar conectados e isso acontece ao longo dessas visitas” disse a Presidente da Associação dos Moradores da Comunidade Acará-Açu, Isabela Campos. 

Além do diagnóstico das potências e demandas dos territórios, as visitam também buscam iniciar o debate a respeito da conectividade significativa. “A gente acredita que o projeto vai trazer muitas possibilidades de divulgação do trabalho que produzimos aqui. Vai nos ensinar a ter educação digital acerca das tecnologias. Além disso, vamos poder divulgar nossas iniciativas dentro da comunidade, como o agrofloresta e os negócios sustentáveis” destacou a liderança da Comunidade Acará-Açu, Antonina Cunha do Oliveira. 

As visitas também são oportunidades para que jovens e mulheres aprendam sobre as ferramentas e desenvolvam essas atividades. Por meio desse diálogo, a equipe deve realizar um planejamento e implantar a infra estrutura de uma rede comunitária no território, com previsão para 2025.

“A ideia é que além da conexão à internet, os territórios e comunidades possam  construir protocolos próprios a respeito dos usos que farão desta ferramenta. O foco do projeto é que as iniciativas socioprodutivas locais possam se beneficiar dessa conexão. Cada território tem produções muito potentes e diversas, desde agricultura agroecológica, turismo de base comunitária, até beneficiamento de matéria prima, como cacau e castanha”, explica Luiza Cilente, assistente de coordenação do projeto pela DW Akademie.

Os participantes do prejto confecionam suas próprias mandalas, apontando fortalezas e desafios da comunidade

Outro território visitado foi o Abril Vermelho, que faz parte do Assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Durante o encontro estiveram presentes comunicadores populares, mulheres e jovens atuantes que falaram sobre as demandas e estratégias e o uso da tecnologia como forma de incentivo à produção. 

“A vinda, o olhar, o pé no chão no território, tem outros significados. Receber a visita e compartilhar tudo isso é importantíssimo, porque o projeto impacta neste assentamento e outros cinco territórios, e a visita possibilita entender as dimensões” afirmou a Presidente da Associação do Território Abril Vermelho, Valéria Lopes.

Na segunda parte da visita, acompanhada de universitários, as pesquisadoras observaram de perto as principais atividades comunitárias e o desafio na luta por manter a floresta em pé. Analisaram o sistema complexo e rico da agroecologia e do sistema padronizado da monocultura de Dendê, que ainda persiste em desenvolver as atividades no local. Dessa forma, entenderam a importância do projeto de Rede Comunitária para fortalecer os empreendimentos sustentáveis no território. 

“Esse contato da gestão do projeto com o território aproxima as pessoas e materializa as perspectivas que a gente tem. Além disso, a metodologia utilizada ajuda a gente a pensar nossas dificuldades e as fortalezas que temos. Isso colabora para a participação da juventude do assentamento e na gestão do projeto no território “, pontuou a integrante da administração da Cooperativa do Território Abril Vermelho, Darlene Branches.

Expectativa dos territórios

Representantes de Acará-açu com os resultados do seu mapeamento comunitário

Nove territórios serão visitados, em 4 estados da Amazônia brasileira: Pará, Amazonas, Amapá e Acre. A primeira visita foi a aldeia Vista Alegre, território Kumaruara, para entender a dinâmica existente na comunidade e planejar a implantação do Floresta Digital. Em seguida os territórios Acará-Açu e Abril Vermelho, todos localizados no estado do Pará . O projeto é desenvolvido de forma lúdica e sistemática, pela Mandala dos Saberes, os participantes apresentaram as suas demandas e desafios que vão poder ser trabalhados com a comunicação e conectividade de base comunitária.

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