No período de 11 a 12 de novembro, técnicos do Projeto Saúde e Alegria visitaram comunidades da Flona para levantamento de demandas para implantação de pólos turísticos;
Criada em 1974 para uso múltiplo sustentável, a Flona do Tapajós tem o turismo como atividade de destaque na Unidade de Conservação. Nessa região existem oito comunidades com experiência de Turismo de Base Comunitária: Terra Rica, São Domingos, Maguari, Jamaraquá, Acaratinga, Jaguarari, Aldeias Bragança e Marituba. Segundo o secretário da Federação da Flona, Mauro Duarte, há ainda outras em fase de estruturação para atender turistas.
“Nessas comunidades são realizadas as seguintes atividades: trilhas interpretativas, lagos, passeios de canoas, piracaias, igarapés, focagem de jacarés, visitas a samaúmas, lojas de artesanatos, pernoites na floresta, festividades dos santos padroeiros, festivais culturais nas comunidades, rituais indígenas, comidas e bebidas típicas, pousadas e redários” – ressalta.
Articulado em parceria com organizações locais, o PSA através do Programa Floresta Ativa, incentiva o turismo comunitário, possibilitando que as populações da floresta se apropriem da atividade turística na Amazônia e a exerçam de maneira ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa, disseminando sua cultura com responsabilidade.
Por meio de capacitações e apoios para a criação de pólos de visitação e hospitalidade, o PSA busca promover a geração de renda para os povos da floresta. Uma dessas ações foi realizada no período de 11 a 12 de novembro em visita às comunidades Piquiatuba, Acaratinga, São Domingos com objetivo de levantar demandas.
“Fomos ouvir que eles estão precisando. Em Piquiatuba eles desenvolvem atividades de turismo há muito tempo. Tem pousada de base comunitária, grupo de mulheres que coordena um restaurante comunitário, e eles almejam construir um trapiche para orla deles. Em Acaratinga, os moradores começaram a fazer um redário e precisam de ajuda para construção de banheiro e conclusão do redário. Já em São Domingos, onde há uma atividade de turismo bem antiga, precisam construir um banheiro” – explicou Jarine Reis, do Saúde e Alegria.
Por meio do levantamento, as comunidades serão apoiadas nas maiores necessidades através do Projeto Floresta Ativa/Fundo Amazônia BNDES. A próxima etapa do levantamento compreende a realização do diagnóstico em comunidades da Resex e PAE Lago Grande para identificar comunidades que desenvolvem o TBC e de que maneira desenvolvem. Reis destacou que constam no planejamento, construções de banheiros ecológicos visando melhorias no atendimento aos turistas das comunidades visitadas.
Ficou interessado em conhecer as belezas da região e valorizar o Turismo de Base Comunitária? Tire dúvidas com a Federação da Flona, através do número: 991415043.
Turismo de Base Comunitário e artesanato
O desenvolvimento do turismo social e ambientalmente responsável, integrado à vida das comunidades, dinamiza suas outras atividades econômicas, como a produção agrícola familiar, a oferta de serviços (culinária, lazer e passeios, por exemplo) e a produção cultural (artesanato, cultura, música etc.).
Paralelamente ao fomento do turismo comunitário, o PSA realiza um programa de desenvolvimento do artesanato baseado no resgate de técnicas tradicionais, que utilizem matéria-prima extraída da floresta de forma sustentável, e no apoio ao empreendedorismo, com assessoria organizacional, capacitação e estruturação de vendas e marketing.
Atualmente, o programa implementado pelo PSA envolve cerca de 60 artesãos em seis polos comunitários, que desde 2015 integram a Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (TuriArte).