Em Costa Rica, Escola de Redes participa de encontro que discute infraestruturas de cuidado e ambiente

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Evento promovido pela Associação para o Progresso das Comunicações – APC e Cooperativa Sulá Batsú (Costa Rica), reuniu feministas de diversos países da América Latina, como Argentina, Chile, Paraguai, Brasil, México, Colômbia e Costa Rica. Pesquisadora da Escola de Redes Comunitárias da Amazônia, Adriane Gama, representou a iniciativa do Projeto Saúde e Alegria 

San José em Costa Rica sediou o primeiro encontro denominado ‘Imaginando infraestruturas de cuidados e ambiente’ idealizado pelo Programa de Direitos da Mulher da APC, que aborda áreas que envolvem redes comunitárias, direitos digitais, áreas de segurança e proteção. O evento realizado nos dias 2 a 3 de Junho, oportunizou diálogos interativos entre mulheres que realizam ativismo e que promovem ações de autonomia tecnológica e economia social com responsabilidade, empatia e cuidado dentro de suas comunidades, movimentos e coletivos, e as que atuam com advocacia, comunicação, políticas e de justiça ambiental em instituições de comunicação e de direitos humanos.

Com agenda de atividades construída de forma colaborativa, as mulheres ativistas representantes da Argentina, Chile, Paraguai, Brasil, México, Colômbia e Costa Rica dialogaram sobre o futuro digital feminista para o planeta com ideias solidárias através de suas vivências e expertises nas imersões em rodas de conversas. Na ocasião, Adriane Gama, pesquisadora da Escola de Redes Comunitárias da Amazônia do PSA, teve a oportunidade de representar a instituição e receber a solidariedade dos participantes que homenagearam o coordenador do PSA, Paulo Lima.

Gama e a ativista brasileira Foz, do Coletivo Riseup.net, facilitaram a sessão ‘Racismo Ambiental e Tecnológico’, dialogando sobre os desafios e estratégias de enfrentamento de preconceitos raciais e ambientais existentes na Amazônia. Através da metodologia ‘Educologia Amazônica’, com ludicidade e construção colaborativa, os participantes interagiram dos diálogos. “Foi uma experiência incrível de reflexões e aprendizagens em meio a saberes indígenas das representantes do povo Cabécar e com um genuíno espírito criativo que vai nos inspirar para continuar a fortalecer as nossas lutas socioambientais e sociodigitais por aqui, em redes comunitárias por territórios ativos de floresta em pé”, ressalta.

Durante o encontro, foi apresentada a Plataforma Digital Okama Suei, construída colaborativamente, desde 2021, em parceria com a Cooperativa Sulá Batsú, para atender os anseios e reivindicações da Associação de Mulheres Cabécar, do Alto Pacuare, com o propósito de desenvolver uma aplicação tecnológica autonôma a fim de defender seus  saberes ancestrais pela sua cosmovisão de mundo, de sua economia de trocas e de seu território, fortalecendo o intercâmbio de gerações do seu povo.

“Aproveitamos para agradecer calorosamente a Débora, Cintia e Érika da APC, por essa linda oportunidade de imersão de conhecimentos circulares feministas e a Kemly Camacho e toda a sua equipe da Casa Batsú pelo acolhimento e apoio a todas nós que estávamos neste especial encontro”, acrescenta Gama.

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