Escola de Redes Comunitárias participa de formação em comunicação popular 

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Encontro regional de comunicação popular coordenado pela ONG Fase em parceria com a Terra de direitos, Fundo Dema e Tapajós de Fato, foi realizado no período de 23 a 24 de maio na região do Eixo Forte em Santarém

Entender as complexidades e aprofundar conhecimento sobre a comunicação popular, foram objetivos da formação que reuniu comunicadores populares de Santarém, Belém e Manaus. Foram dois dias de imersão sobre o tema que contou com a participação da Rede Mocoronga e da Escola de Redes Comunitárias da Amazônia, ambas iniciativas do Projeto Saúde e Alegria.

“Foi um espaço importante pra gente dialogar sobre as formas de comunicação, nos articular junto aos nossos colaboradores para continuar essa comunicação tão importante na comunicação comunitária e popular. É muito importante compartilhar esse espaço, compartilhar nossas experiências de comunicação comunitária e populares no nosso território” – contou Sabrina Costa da coordenação da Escola de Redes do PSA – que se organiza para iniciar as aulas na segunda quinzena de junho, após atividade de campo em sete organizações da Amazônia Legal.

Durante a jornada de formação, cada instituição apresentou seus projetos. Através do locutor do programa Alô Comunidade do PSA, Raik Pereira, os participantes conheceram mais sobre o programa diário, produzido com as comunidades e para elas. “Esse é um momento importante pra gente compartilhar com outros integrantes de comunicação de outros lugares, como Belém, Manaus. A gente compartilhar de como é comunicado aqui no Baixo Amazonas” – contou.

Da esquerda para direita, Raik Pereira do Programa Alô Comunidade, Sabrina Costa da coordenação da Escola de Redes Comunitárias da Amazônia e Pedro Soares e Gean Deivid Silva do Coletivo Guardiões do Bem Viver e alunos da Escola.

Bio Cabano, comunicador popular de Belém do Pará, comentou sobre a necessidade de abrir espaço para as comunidades, possibilitando um canal acessível: “Um programa importante que traz informação verdadeira para comunidade, defesa do território, e a gente vem com essa experiência participar do encontro de comunicadores porque nós entendemos que comunicação é poder. Se a gente não dialoga sobre os nossos problemas, não se fortalece enquanto povo, comunidade, a gente vai receber só informações dos que estão querendo nos oprimir” – diz.

No encontro, o PSA também apresentou vídeos de formações em comunicação para jovens. Em um deles, apareceu Raquel Kumaruara, liderança indígena de Suruacá. Para a jovem, foi um momento emocionante: “Passa um filme  porque eu comecei criança. Nem sabia o que era comunicação e o Saúde e Alegria pela Rede Mocoronga fez nascer essa vontade de ter esse gosto pela comunicação. É muito importante pra nós jovens comunicadores das comunidades, das aldeias e quando a gente vê um vídeo desse, a gente vê o tanto que evoluiu. Eu era uma adolescente e agora eu sou uma jovem liderança que faz comunicação popular. Foi um momento bem emocionante porque naquela época eu sentia muita vergonha. A comunicação popular faz com que a gente perca essa vergonha com o tempo”.

A jornalista Alicia Lobato, que atua com jornalismo ambiental e pauta climática no Amazonas, ressaltou a grandeza do encontro que oportunizou entender como a comunicação comunitária e popular tem sido realizada em outros territórios: “Pra mim é muito importante estar nesses espaços, conhecer o trabalho desses comunicadores, o trabalho de base.

O Encontro regional de comunicação popular foi uma realização da Fase, Terra de direitos, Fundo Dema e Tapajós de Fato, ressaltou Yuri Rodrigues, educador popular da Fase: “Propósito de promover debate, reflexão sobre comunicação popular, trazendo coletivos de comunicação, juventudes que atuam nos diversos territórios rurais, cidade, periferia urbana, pessoas de outros estados para trocar experiência, disputa de narrativas”.

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