O Projeto Saúde e Alegria e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém inauguraram um novo telecentro que vai beneficiar agricultores e extrativistas da região Oeste do Pará
O Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, iniciativa do Projeto Saúde e Alegria e o STTR de Santarém, deu mais um passo importante para a consolidação e fortalecimento de negócios comunitários assessorados pelas instituições. Com o apoio da União Europeia, Natura e Ministério Público do Trabalho do Pará, foi inaugurado o Telecentro em um espaço revitalizado e estruturado para atender ao público de Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra e Aveiro.
O telecentro é uma das estratégias do programa de capacitação e suporte permanente para utilização de ferramentas digitais, que disponibiliza e da acesso à internet para cooperativas e associações, visando a gestão das organizações e negócios comunitários, esclarece o coordenador do Programa de Empreendimentos Sustentáveis do PSA, Davide Pompermaier: “É um espaço multiuso. Serve para capacitações, formação em tecnologia e vai servir para as atividades de uso diário para acessar reuniões, usar internet, cada vez mais online. O programa prevê formação de jovens das comunidades”.
Com mesas redondas, chromebooks, computadores, impressora, internet e ambiente climatizado, o lugar foi planejado para realização de reuniões, encontros, formações e organização de documentos das organizações e empreendimentos. “O propósito do Telecentro é ser um espaço onde as organizações, cooperativas, associações possam utilizar as ferramentas digitais com qualidade e eficiência, para poderem trabalhar os seus negócios”, conta a coordenadora do núcleo de negócios da sociobiodiversidade de base comunitária do PSA, Olivia Beatriz.
Além de usar os recursos digitais, o formato de mesas circulares possibilita que os cooperados e associados possam trabalhar conjuntamente na gestão dos empreendimentos, controle financeiro, marketing e vendas. Um computador de alta qualidade foi comprado para que possam editar vídeos para promover os produtos da sociobiodiversidade. “O nosso desejo é fazer um processo de inclusão porque hoje a sociedade exige que as pessoas estejam habilitadas a esse novo sistema de internet, redes sociais. Para nós que fazemos parte das organizações, poder estar fazendo com que essa juventude e pessoas das Cooperativas coloquem em prática seu plano de negócios é muito importante”, comemora a presidente do STTR, Ivete Bastos.
A solenidade de inauguração realizada na última sexta-feira (09/12), contou com a participação de representantes das associações, cooperativas, parceiros e instituições que compõem o Conselho Consultivo do Projeto. Para a Sapopema, este representa um espaço de integração e fortalecimento, diz Wandicleia Lopes, coordenadora da ONG: “Essa é uma importante ação do projeto, pois vai oportunizar mulheres, homens e jovens a ter acesso a internet. É uma tecnologia muito importante para o diálogo e acesso às políticas públicas. Esse é um passo importante dentro do projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, sendo instalado dentro do STTR que é um dos maiores sindicatos da América Latina, oportuniza os filhos e os produtores. Vai servir de um espaço de capacitação”.
“Pra nós que somos do interior, ter essa oportunidade de formação em tecnologia, é um espaço que vem garantir um nogo rumo. Acredito que é fundamental para o nosso crescimento da cooperativa” – Luiz Gonzaga, presidente da Coofam.
“Vem pra nos aprimorar aonde nós vamos nos fortalecer no conhecimento, nos capacitando. Aprofundando pra que nós possamos evoluir no conhecimento, com essa essa inauguração” – Maria Arruda, Acosper.
“Esse Telecentro é uma forma de nos profissionalizar e nós precisamos muito” – José Sebastião da Rocha, presidente da Aprusan.
A gestão do telecentro, regimento e preparação para o curso de ferramentas digitais, serão discutidos na próxima semana. Para o coordenador de Educação e Comunicação, Fábio Pena, a conexão disponibilizada aos agricultores e agroextrativistas vai garantir a divulgação e negociação entre fornecedores e consumidores. “A comunicação é estratégica e a importância desse espaço, vai ser muito grande porque eles vão aprender a lidar com esses novos instrumentos que muitas vezes na comunidade é difícil o acesso e para melhorar a gestão dos negócios comunitários, favorecendo que as comunidades da floresta possam se apresentar, a partir de uma lógica de autonomia. Eles próprios podem negociar a partir de negócios sustentáveis”.