Observadores da Flona monitoram floração da andiroba para coletas em 2022

Compartilhe essa notícia com seus amigos!

Manejadores de andiroba da Floresta Nacional do Tapajós se preparam para safra anual;

Lunetas e binóculos auxiliam os moradores da comunidade Jaguarari, região da Flona em Belterra, na identificação de árvores com potencial de coleta de andiroba. Os extrativistas que praticam o manejo da espécie florestal na região há mais de vinte anos, observam as flores e frutos, e a partir do mapeamento, poderão estimar a média de coleta e o período, explicou a engenheira florestal do Projeto Saúde e Alegria, Maria Soliane: “estamos indo em campo nas áreas onde já são realizadas coletas. Estamos verificando como está a produção de frutos e previsão de safra. A gente está com a expectativa de uma boa safra, que nós consigamos pelo menos dez toneladas de andiroba seca em 2022”.

A fase de planejamento é fundamental na rotina dos manejadores que se organizam coletivamente para cada etapa. Neste ano a produção está sendo fortalecida com o uso de secadores, que estão sendo construídos por moradores e Projeto Saúde e Alegria.

Área onde será construída base para secador da andiroba no km 83 na Flona em Belterra. Foto: Steve Mcqueen/PSA.11

A safra da andiroba inicia entre os meses de março e abril, e o produto é comercializado pela Coomflona à Natura. Os extrativistas anteciparam as atividades de monitoramento para acompanhar a frutificação nas áreas do km 67, 72 e 117. Na base do km 83, os trabalhos da equipe são em manutenção do pátio onde serão construídos secadores. “A ideia é que na próxima semana inicie a construção dos secadores na base com a equipe das comunidades”, esclareceu o engenheiro florestal do PSA, Steve Mcqueen.

Manejadores da andiroba observam florada na Flona Tapajós. Foto: Maria Soliane/PSA.

Os extrativistas recebem assistência técnica do Programa Floresta Ativa do PSA que recebe apoio da Natura, Fundo Amazônia/BNDES e Good Energies Foundation e contam com a parceria da Federação da Flona, Coomflona, Conselho Indigena Munduruku de Belterra e ICMbio que juntos, buscam fortalecer a atividade para promoção da conservação da floresta ao mesmo tempo gerando renda aos comunitários.

“É importante pra gente ter uma ideia de quantos quilos as árvores vão conseguir produzir. Os secadores são importantes para que o produto seja de qualidade e adequado para o beneficiamento. O secador é moderno e com ele não vamos ter perda na produção” – disse o extrativista Moisés Oliveira.

Leia também:

Renda com floresta em pé: extrativistas manejam andiroba na Flona Tapajós

 

Compartilhe essa notícia com seus amigos!

Deixe um comentário

Rolar para cima