Oficina capacita meliponicultores comunitários para aproveitamento de própolis e pólen de abelhas nativas sem ferrão

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Objetivo é diversificar os produtos que compõem a cadeia da meliponicultura na região e são comercializados pela Acosper em Santarém

A oficina prática de beneficiamento do mel e aproveitamento do própolis e pólen de abelhas sem ferrão começou no dia 17 e encerrou no dia 22 de outubro. A iniciativa é do Projeto Saúde e Alegria (PSA) e da Cooperativa dos Trabalhadores Agroextrativistas do Oeste do Pará (Acosper). Durante a oficina, informações foram disseminadas para 38 produtores que já atuam na cadeia da meliponicultura. A primeira parte da oficina foi realizada no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA) e foi concluída no Ecocentro da Sociobioeconomia, onde funciona o Entreposto de Mel Abelhas Nativas sem Ferrão.

“É uma semente que estamos cultivando na perspectiva da diversificação de produtos, na linha da meliponicultura. Fizemos uma oficina para mostrar o processo de fermentação do mel, transferência para os decantadores, além do envase e rotulagem do mel. Isso amplia as possibilidades de comercialização dos produtos, em relação ao própolis e pólen, vamos dar encaminhamento agora ao processo de produção nas comunidades, com a expectativa disso dar certo” destacou o Consultor Técnico do PSA e Co-fundador da Reenvolver, Jerônimo Villas-Boas.

Para manejo adequado, meliponicultores recebem treinamentos práticos durante capacitações.

Participantes de territórios ribeirinhos, quilombolas, indígenas e representantes de grupos de mulheres que atuam na produção do mel de Abelhas, na região. As abelhas nativas sem ferrão são da espécie Canudo, que movimenta a economia desses territórios. Com o conhecimento sobre o própolis e pólen, que antes eram descartados, objetivo é diversificar os produtos e fomentar ainda mais a renda nessas comunidades.

“É uma renda boa para a nossa comunidade, ter o nosso produto garantido na entrega e agora com novas possibilidades. É um processo de aprendizagem ao longo das oficinas, e quando a gente volta as comunidades isso ajuda no desenvolvimento do nosso trabalho” disse a integrante de um Grupo de Jovens Produtoras de Mel na Comunidade São Francisco/PAE Lago Grande, Francenilda Santos.

“Nós vamos levar algumas experiências para nossa comunidade e passar algumas orientações, que aprendemos, aos produtores que são nossos familiares, sobre o manejo do mel, a coleta e as possibilidades. A gente espera bastante resultado, para produzir mais e trazer mais produtos para a cooperativa” enfatizou o produtor de Mel no Quilombo Nova Vista do Ituqui, Luizio Santos de Lima.

CASA DO MEL E RECONHECIMENTO 

Em julho de 2024, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Pará entregou à Acosper o Selo de produção Artesanal do Mel. O PSA colaborou para a obra estrutural do Entreposto do Mel, onde foram instalados equipamentos para o processamento, beneficiamento, armazenamento, escoamento, controle de qualidade e comercialização do produto. E, por meio do Programa Floresta Ativa, presta assistência técnica aos agricultores e extrativistas para melhoria da segurança alimentar e da renda familiar, com práticas que aumentam a produtividade, diversificam a produção.

“Hoje trabalhamos apenas com o beneficiamento do mel fermentado, mas futuramente a gente vai implantar outras cadeias de subprodutos das Abelhas, como o própolis e o pólen. É um trabalho que começa no campo,  com a assistência técnica para os mais de 150 produtores que temos espalhados em várias regiões, no PAE Lago Grande, Várzea, e na RESEX Tapajós-Arapiuns. É preciso orientar os produtores no manejo e na coleta desses produtos” pontuou o Técnico em Agropecuária do PSA, Alex Gonçalves de Oliveira.

Fotos: Alex Gonçalves/Projeto Saúde e Alegria.

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