Projeto Saúde e Alegria e SEMSA firmam parceria para produção de 15 mil máscaras cirúrgicas destinadas aos profissionais de saúde

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*Foto ilustração: profissionais de saúde recebendo EPIs em Alenquer/PA. Via Roberto Branco Filho/Ufopa.

Através de uma cooperação recente entre o Projeto Saúde e Alegria e o Instituto Arapyau, será possível reforçar medidas emergenciais no combate ao covid-19 na Bacia do Tapajós.    

Uma delas é a confecção no curtíssimo-prazo de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os agentes públicos, como por exemplo máscaras cirúrgicas descartáveis, necessidade de primeira hora para proteger os próprios profissionais de saúde que estão na linha de frente dos atendimentos dos pacientes infectados.

É grande a preocupação para não perder esses profissionais heróicos diante dos casos crescentes de coronavirus em meio a escassez desses materiais. As máscaras industrializadas e de baixo custo já estão difíceis de ser encontradas. A opção passa a ser máscaras manufaturadas de tecidos como o TNT,  conforme as recomendações do Ministério da Saúde.

A Prefeitura de Santarém recebeu na forma de doação de empresários e entidades sindicais uma boa quantidade de tecidos. A SEMSA (Secretaria Municipal de Saúde) de Santarém calcula uma demanda mínima de 7.400 máscaras por semana. Assim sendo, a partir desta soma de esforços, o projeto vai apoiar os serviços de confecção para produção inicial de 15 mil máscaras cirúrgicas descartáveis, aliviando em parte a demanda nessas próximas semanas. 

“Precisamos de união e da proteção. E a maior proteção nesse momento são máscaras. Eu quero agradecer e falar que serão usadas pelos profissionais da saúde para trabalharmos na proteção deles que estão na linha de frente” – destacou a Secretária Municipal de Saúde, Dayane Lima.

Essa iniciativa faz parte de um esforço maior que vem sendo feito pelo Projeto Saúde e Alegria para apoiar a região neste momento de crise.

“Tendo em vista toda essa situação, o Projeto Saúde Alegria está se mobilizando em torno de um plano de apoio às ações de combate ao Covid-19 na Bacia do Rio Tapajós, construído conjuntamente com todos nossos parceiros, envolvendo ações locais e regionais, em consonância com as políticas e autoridades públicas, instituições colaboradoras e demais aliados – em especial a SEMSA, a  Associação Comercial e Empresarial de Santarém/ACES, a Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA, o Distrito Sanitário Especial Indígena/DSEI – Tapajós, com sede em Itaituba, juntamente com o Conselho Municipal de Saúde e Organizações de Base representativas dos povos da floresta e respectivos territórios” – explicou o coordenador do Saúde e Alegria, o médico Eugênio Scannavino.

A cooperação com o Instituto Arapyaú envolve também o suporte às aldeias Munduruku do médio Tapajós através da parceria com o DSEI. A meta é fazer chegar nessas próximas semanas materiais de higiene e proteção (sabão, álcool em gel, luvas, etc) e também ajuda alimentar (cestas básicas adaptadas) destinadas às famílias indígenas em situação de maior vulnerabilidade. A partir dessas ajudas in loco, espera-se que elas tenham condições melhores para permanecerem mais tempo em suas comunidades, evitando assim deslocamentos para a cidade e mais riscos de contaminação.

Essa primeira aliança com o Projeto Saúde e Alegria focou nas urgências de curto-prazo para as próximas semanas, esperando avançar também para outras iniciativas, como a confecção de máscaras, óculos e outros EPIs a partir de impressoras 3D, entre outras necessidades da região.

“As características geográficas e socioeconômicas da região amazônica acabam aumentando ainda mais a carência por apoios emergenciais”, ressaltou Renata Piazzon do Arapyau: “Embora a região sudeste tenha o maior número de casos, a região norte tem o menor número de leitos para atender a população, o que faz com que cheguem ao colapso do sistema de saúde mais rapidamente. A logística para transporte de pacientes críticos de comunidades remotas é também fator adicional de alerta. Também temos uma preocupação específica com a saúde da população indígena, já que o grupo é mais sensível a letalidade de doenças infecciosas. Para evitarmos a propagação da pandemia, precisamos agir rapidamente para garantirmos que os profissionais de saúde tenham acesso a EPIs adequados, assim como o uso desses EPIs pelas comunidades amazônicas. A parceria com o PSA, que tem se organizado rapidamente para responder à crise em parceria com o poder público, busca contribuir para o combate à covid-19 na região de Santarém. O trabalho do PSA – em parceria com comunidades ribeirinhas, agentes públicos e empresas – tem sido fundamental para a promoção de uma agenda de desenvolvimento sustentável na Amazônia e ainda mais essencial nesse momento de crise”.

Leia mais sobre:

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