Equipamentos doados pelo Programa Floresta Ativa Tapajós do Projeto Saúde e Alegria com recursos do Fundo Amazonia/BNDES modernizaram o laboratório e contribuirão para as atividades nele realizadas;
Manter a floresta em pé e gerar renda para moradores de áreas tradicionais da Amazônia são metas do Programa Floresta Ativa que depende de inúmeras ações, dentre elas apoiar as iniciativas com desenvolvimento de pesquisa e extensão. Em Santarém, o Laboratório de Sementes Florestais-LASF/UFOPA exerce a função de sustentar a rede de sementes florestais e mudas para criar um movimento de trabalho e fortalecimento do manejo florestal não madeireiro. Esse trabalho necessita de materiais e utensílios de ponta para oferecer informações para a população sobre qualidade química, clínica e bioquímica das sementes, além de melhorar a qualidade da pesquisa, ensino e extensão.
Pensando na continuidade do trabalho da Universidade e na melhor estruturação, o Saúde e Alegria através do Programa Floresta Ativa Tapajós com recursos do Fundo Amazônia/BNDES doou equipamentos para modernizar o laboratório e contribuir para as atividades nele realizadas, investindo mais de R$ 115.000,00 em autoclave vertical analógica, balança centesimal, balança determinadora/medidor de umidade, balança suspensa digital, centrífuga digital, controlador digital, controlador digital de temperatura, destilador de água, estufa de esterilização e secagem, litros CS80/336, paquímetro analógico, paquímetro digital e moinho de facas.
“Melhorar a pesquisa, o ensino e a extensão relativos aos produtos não madeireiros, especialmente as sementes florestais. A gente está dando esse suporte porque a gente tem esse grande projeto que se chama Floresta Ativa Tapajós que prevê parceria com algumas instituições, dentre elas a Universidade Federal do Oeste do Pará. O território é bastante amplo e poucas são as análises dessas sementes florestais. Com esse suporte eles vão poder ampliar ainda mais as análises de sementes florestais aqui da região e com isso, nós vamos ter dados atualizados dessas sementes onde os agricultores, extrativistas, coletores vão poder ter esse acesso e futuramente a gente quer que eles possam fazer a comercialização dessas sementes” – explicou o Engenheiro Florestal do PSA, Steve Mcqueen.
Equipado, o Laboratório poderá ser credenciado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para que as sementes tenham comprovação de origem e estejam aptas à comercialização pelas populações tradicionais.
“Esses equipamentos são muito importantes pro laboratório uma vez que eles possibilitam as análises necessárias para a análise de sementes segundo a nossa regra estabelecida pelo Mapa. O laboratório necessita desses equipamentos para se credenciar junto ao Mapa. São equipamentos que vão realizar a questão de assepsia do material, secagem, germinação, etc” – esclareceu o professor de engenharia Florestal Instituto e Biodiversidade e Floresta da Ufopa, Everton de Almeida.
Uma das preocupações do PSA é a geração de renda para moradores da floresta por meio de atividades sustentáveis como a cadeia de sementes. Com a comprovação da origem desses produtos, será possível realizar cadastro para emissão de laudos de origem das sementes para geração de renda para comunidades tradicionais. O Laboratório realiza coletas de sementes seguindo um cronograma para espécies do verão e inverno e promove capacitações para os coletores (moradores de áreas da coleta) para que saibam como realizar as coletas.
“A gente sabe que essa parceria vem em prol da cadeia da restauração florestal. Isso veio em um bom momento e a gente espera que essa parceria tenha vida longa e que a gente possa estar sempre trabalhando em prol de vários objetivos que o nosso acordo de cooperação técnica tem com o PSA. O laboratório está sendo credenciado. Nós já temos o responsável técnico pelo laboratório. Então agora é utilizar esse maquinário em prol desse projeto que nós temos em conjunto da cadeia da restauração” – disse Almeida.
“Ao invés de adquirirmos equipamentos apenas para a gente, pensando só nas metas específicas do projeto em questão, temos trabalhado na construção de alianças que somam esforços para multiplicar resultados. Assim, o projeto e as comunidades ganham com o envolvimento acadêmico, ao mesmo tempo que a Universidade e os alunos também ganham com mais ferramentas para o ensino, a pesquisa, e a qualificação das análises. E a região também ganha com esse legado deixado, quem sabe para ajudar no sonho do Tapajós como um dos polos e referências em restauração florestal” – concluiu Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria.
O Saúde e Alegria e a Universidade Federal do Oeste do Pará assinaram em janeiro de 2020 um termo de parceria, cooperação técnica e doação para o Laboratório de Sementes Florestais-LASF/UFOPA.