Segundo módulo do Programa de Educação Cooperativista do Baixo Tapajós é marcado por planejamento e administração de negócios comunitários

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Vinte e quatro cooperativas e associações participaram da formação que reuniu 78 pessoas no novo módulo do curso do Programa de Educação do Cooperativismo e Associativismo da Agricultura Familiar Agroextrativista

O Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta promoveu durante a primeira semana do mês de fevereiro, o segundo módulo do curso do Programa de Educação Cooperativista e Associativista da Agricultura Familiar Agroextrativista do baixo Tapajós (PECAAFA). A formação reuniu setenta e oito pessoas de vinte e quatro organizações de Santarém, Aveiro, Mojuí dos Campos e Belterra, visando aumentar a capacidade empreendedora das organizações de base comunitária através do planejamento, gestão, https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistração, comunicação e tomadas de decisão sobre seus negócios.

Com apoio da UE, KAF, Porticus e Natura, os empreendimentos comunitários são estimulados a se tornarem negócios visíveis a partir de itens da floresta e com acesso a mercados nacionais, regionais e internacionais. A meta é um dos objetivos  do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, que neste novo encontro buscou aumentar a capacidade empreendedora das organizações de base comunitária através do planejamento, gestão, https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistração, comunicação e tomadas de decisão sobre seus negócios.

O Secretário Executivo da Cooperativa Central do Cerrado, Luís Carrazza foi um dos  instrutores do curso. O palestrante explicou que ao promover orientações e debates sobre a gestão das cooperativas, buscou impulsionar e fortalecer os empreendimentos comunitários. “A gente está trabalhando aspectos relacionados à estruturação das cadeias produtivas, planejamento, beneficiamento, comercialização e gestão organizacional, finanças e cursos, comercialização e marketing e outras áreas funcionais das cooperativas para que os empreendimentos possam estar capacitados e instrumentados para ajudar nessa gestão”, conta.

O programa de Cooperativismo e Associativismo da Agricultura Familiar Agroextrativista do Baixo Tapajós prioriza as demandas das associações e cooperativas, alinhadas à capacitação às necessidades de cada instituição participante. Nesta fase da capacitação, a gestão comercial de apoio para precificação e políticas comerciais, “Além de produzir produtos incríveis, eles geram benefícios para várias famílias, gerando impacto social e ambiental com a conservação dos recursos da Amazônia”, ressalta Carrazza.

Uma das linhas de atuação do programa, envolve a participação de jovens das cooperativas, pensando na renovação das entidades e uso de tecnologias digitais para potencializar os negócios. “Nós nos propomos em desenvolver um programa de formação com os jovens. O PECAAFA com objetivo de trabalhar a educação, a formação cooperativista, visando fortalecer a juventude no campo, a sua participação no cooperativismo da agricultura familiar e economia solidária, trabalhando o fortalecimento do coletivo nacional dos jovens. Curso estruturado em plataforma EAD, em uma solução compartilhada, prevendo atividades articuladas com as mulheres”, conta Josiane Gonçalves da UNICAFES Nacional.

Para a mobilizadora social, Marluce Coelho, a adesão do público juvenil tem representado o crescimento das instituições de base comunitária. “Visamos o empoderamento de mulheres e jovens. O projeto está discutindo com o jovem o que ele quer e o desafio para ele estar nas organizações. Buscar alternativas e trabalhar com ele, as estratégias para eles estarem inseridos para ele estar presente. Pensar na sucessão, porque um dos gargalos das instituições é a participação dos jovens nesses setores”.

O curso aprofundado de dois anos, se soma a estratégia de pesquisa e devolutiva do mapeamento realizado junto a cada uma das cooperativas. Isso significa acompanhamento especializado às demandas identificadas no diagnóstico realizado pela equipe técnica do projeto. “Está sendo muito interessante trabalhar a gestão nesse momento porque nós fizemos o diagnóstico de oito organizações, e fizemos o retorno desse diagnóstico para essas cooperativas e associações e tem tudo haver com o que a gente está vendo aqui no curso, como áreas gerenciais, como elas estão se gerenciando financeiramente, parte comercial”, esclarece a coordenadora do núcleo de negócios da floresta da sociobioeconomia do projeto Saúde e Alegria, Olivia Beatriz.

As Mulheres Flores do Campo, cooperativa que reúne 54 mulheres associadas no município de Mojuí dos Campos, estão entre as instituições beneficiárias da iniciativa. Para Maria Emília Reis, uma das lideranças, explica que participar dos encontros tem representado o fortalecimento do grupo: “Está sendo muito útil para nós, porque o que estamos aprendendo aqui, estamos repassando para as mulheres, para que elas tenham um conhecimento melhor sobre o que é uma associação, como se trabalha. Elas já estão além do seu trabalho e melhorando a produção, comercialização”.

Produtos da sociobiodiversidade são exibidos por participantes durante formação. Fotos: Junior Albuquerque.

O projeto prevê apoios coletivos nos territórios de abrangência da iniciativa, que receberão recursos para apoiar suas atividades com valores entre 20 e 70 mil. Participando das capacitações, as organizações constituídas há pelo menos 2 anos, relacionadas à sociobiodiversidades e a agricultura familiar, estarão aptas aos suportes:

Pra nós é muito importante porque a gente tem o conhecimento nunca é demais. Com isso a gente vai levar informações para os nossos cooperados lá na base. A gente teve o diagnóstico com os nossos cooperados. Isso nos fortalece cada vez mais” – Adriele Gomes, Município de Mojuí dos Campos, Cooperativa da Agricultura Familiar de Mojuí dos Campos, Coooflam.

“O Sindicato como co-executor, está bastante entusiasmado e muito feliz com o desenvolvimento dessas oficinas. Isso é gratificante saber que cada vez mais estão mais presentes, se qualificando nesse curso de gestão” – Ivete Bastos, Presidente do STTR – STM.

O curso fortalece a questão https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistrativa que tem essa função principal. O curso está auxiliando essa questão da cooperativa” – Maria Figueiredo – Quilombolas de Oriximiná, Cooperativas Coopaflora, cooperativa mista de Povos tradicionais da Calha Norte.

Em dezembro o projeto inaugurou um Telecentro para formação de agroextrativistas na gestão de negócios da sociobiodiversidade. A iniciativa estruturou um programa de capacitação e suporte permanente para utilização de ferramentas digitais, com readequação de dois telecentros comunitários. O segundo deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2023.

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