Desenvolvimento do turismo social e ambientalmente responsável, integrado à vida das comunidades, dinamiza outras atividades econômicas, como a produção agrícola familiar, oferta de serviços como culinária, lazer, passeios e a produção cultural de artesanato e cultura;
Cada vez mais promover a sustentabilidade aos povos das comunidades da floresta amazônica tem sido fundamental. Entender a necessidade de possibilitar formas de geração de renda com respeito ao meio ambiente e valorização da cultura tradicional empoderando as comunidades é a proposta do Programa Economia da Floresta do Saúde e Alegria.

Neste sentido, duas atividades com grande potencial econômico se destacam na região do oeste do Pará: o artesanato e o turismo. As ações voltadas à hospitalidade visam a fomentar o turismo comunitário, possibilitando que as populações da floresta se apropriem da atividade turística na Amazônia e a exerçam de maneira ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa, disseminando sua cultura com responsabilidade. As comunidades recebem capacitação e apoio para a criação de polos de visitação e hospitalidade com infraestrutura.
“A gente vem executando ações com infraestrutura em alguns locais alvo. Estamos concluindo consultoria sobre inventário do potencial turístico e plano de visitação de comunidades da Flona e Resex para implantar polos turísticos […] Também estamos mapeando as comunidades que já desenvolvem atividades de turismo e precisam de apoio em infraestrutura” – explicou a técnica do Saúde e Alegria, Jarine Reis.
Paralelamente ao fomento do turismo comunitário, o PSA realiza um programa de desenvolvimento do artesanato baseado no resgate de técnicas tradicionais, que utilizem matéria-prima extraída da floresta de forma sustentável, e no apoio ao empreendedorismo, com assessoria organizacional, capacitações e estruturação de vendas e marketing.
Atualmente, o programa implementado pelo PSA envolve cerca de 60 artesãs em seis polos comunitários, que desde 2015 integram a Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (TuriArte).
(Vídeo produzido pela Turiarte sobre o TBC na comunidade Arimum, no Rio Arapiuns e os artesanatos de palha de tucumã).
Resgate do Artesanato da Floresta
O trabalho do PSA com artesãs e artesãos de comunidades tradicionais paraenses tem suas origens no Projeto de Resgate da Cestaria de Palha de Tucumã e Geração de Renda em Urucureá, implementado em meados dos anos 1990 e idealizado por Márcia Gama, artista plástica, arte-educadora e empreendedora social que coordena o Núcleo de Gênero Mulher Cabocla do PSA.
Na época, a dificuldade de comercializar a produção fazia as artesãs da região do Rio Arapiuns abandonarem a técnica tradicional do trançado de fibras – por exemplo, utilizando corantes industrializados e explorando cada vez menos a criatividade em formatos. Desestimuladas, as artesãs não se organizavam para empreender com uma estratégia comum que fortalecesse a atividade e garantisse a qualidade e a visibilidade dos produtos.
O projeto comandado por Márcia Gama começou com o resgate dos pigmentos naturais junto às artesãs mais antigas. O resultado foi a criação de uma coleção de alto valor cultural e comercial, que passou a conquistar novos mercados. As artesãs agora tinham compradores fixos e encomendas regulares, destacando-se em feiras de negócios no Brasil e no exterior.

A partir do sucesso dessa primeira experiência, iniciou-se uma nova etapa de trabalho com as artesãs: a formalização do empreendimento e a construção de autonomia na gestão. O empenho culminou na Associação de Moradores e Produtores Rurais e Extrativistas de Urucureá (Asmopreura), criada em 2000. Com isso, foi possível não só aumentar a produção de cestarias, como também adequá-la às normas de certificação socioambiental. Por estabelecer um modelo a ser seguido, o programa rendeu reconhecimentos importantes ao PSA, entre eles o Prêmio Cidadania e Iniciativas Sociais Inovadoras, do Banco Mundial, em 2002, e o Prêmio Nacional de Planos de Negócios da Ashoka-McKinsey, em 2005. Desde 2008, a experiência tem sido expandida para outras comunidades, incluindo uma variedade cada vez maior de produtos artesanais.
Tenho várias peças que comprei no Fórum Social Mundial (em Belém), em Alter do Chão e na 3a Caravana Tapajós Vivo (Itaituba), mas eu quero mesmo é ir nas comunidades do Rio Arapiuns.
Qual é a melhor época pra ir lá?
Parabéns pelo belo trabalho que todos vocês vem realizando para a valorização do artesanado e o estimulo para o desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária na Região do Baixo Amazonas!!
Parabéns atodos do PSA e da Comunidade.
as futuras gerações terão a possibilidade de saber sobre as raízes e a arte do Brasil e com floresta em pe.
Que a grande Terra os proteja de todo mal que vem daqueles que não respeitam a natureza.
Artesanato Maraaaviiilhossso
Acompanho desde o começo a história do Saúde e Alegria. É uma enorme alegria constatar que o projeto continua sendo essa beleza que dá esperança de tempos melhores. Parabéns!