Sétimo módulo da Educação Permanente em Saúde realizado nesta quinta-feira (05) destacou a importância do diagnóstico das duas doenças. Intenção é fazer busca ativa de casos para próxima Jornada de Cirurgias;
Nesta etapa de capacitações os agentes comunitários de Saúde das regiões do Tapajós e Arapiuns entenderam como realizar diagnóstico de pacientes cirúrgicos para promover identificação de casos “certos” e encaminhamento adequado prévio à Expedição, além de facilitar a familiarização do agente de saúde com procedimentos cirúrgicos que serão realizados.
O curso destacou a busca ativa de casos de hérnia e problemas oftalmológicos, como identificar sintomas, sinais e de que maneira encaminhar os pacientes à expedição. Para os agentes, o conteúdo do módulo vai facilitar a identificação: “O problema da hérnia a gente sempre fica imaginando porque na nossa comunidade tem. As vezes tem como a gente encaminhar e as vezes a gente fica sem poder fazer alguma coisa” – contou a ACS da Vila Boim, Alendina Dias.
Participaram do módulo além dos agentes das regiões ribeirinhas, Dsei Guatoc – polo STM, Assessoria de Rios – SEMSA, SESAI/MS, EDS, Equipe de Apoio Abaré, Ufopa (Dr. Fábio Tozzi), PSA (Dr. Eugênio Scannavino) e Enfermeiros das respectivas áreas.
Na quarta-feira (04), a equipe dos Expedicionários da Saúde visitou a comunidade São Miguel no Arapiuns para avaliar o local da jornada e concentração das cirurgias. A Jornada está marcada para 30/11 a 07/12.
Os módulos anteriores abordaram: Saúde da Mulher, importância do aleitamento materno, saúde das crianças, Saúde do adolescente, atendimentos em primeiros socorros e saúde do idoso.
Expedicionários da Saúde
A Associação Expedicionários da Saúde (EDS) é uma organização brasileira sem fins lucrativos criada em 2003 por um grupo de médicos voluntários. Tem como objetivo principal levar atendimento médico, principalmente cirúrgico às populações geograficamente isoladas da região da Amazônia Legal Brasileira.
Através do programa “Operando na Amazônia” são oferecidos serviços complementares aos programas de atendimento à saúde indígena já existentes. O projeto realiza três expedições por ano e visa evitar a necessidade de deslocamento, custoso e traumático, do paciente e sua família aos centros urbanos.
O maior número de cirurgias ocorre nas especialidades de oftalmologia e cirurgia geral. Mas cirurgias pediátricas, ortopédicas e ginecológicas de média complexidade também são oferecidas. De forma complementar a esse trabalho, são realizados consultas e atendimentos nas especialidades de oftalmologia, clínica geral, pediatria, ginecologia, ortopedia e odontologia.
Fotos: Elis Lucien/PSA.