Projeto liderado pela Iris Social propõe um novo jeito de fazer turismo, aliando preservação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável às comunidades beneficiadas e visita a cenários únicos;
“Olho no olho” é o slogan do projeto de volunturismo que aproxima visitantes dos moradores de comunidades tradicionais da Amazônia. Longe do conceito tradicional de turismo, a intenção da Expedição é possibilitar aos turistas conhecer novas culturas e poder contribuir com o cuidado ao meio ambiente através de desafios durante a jornada.
Na expedição realizada no período de 19 a 25 de outubro nas comunidades do entorno do Centro Experimental Floresta Ativa, integrantes da viagem receberam a missão de produzir mudas para reposição florestal e recolher lixo encontrado nas praias. A atividade resultou na produção de 468 sacos de mudas, 600 mudas com raízes repicadas, 278 mudas de jacarandá transplantadas, 220 mudas de açaí e buriti plantadas na nascente do igarapé de Carão e 32 sacos de 150L de lixo coletados para destinação apropriada.
Maria Paula que descobriu um amor por tarubá, (bebida fermentada de mandioca) relatou que a experiência foi desafiadora e única: “Viver a Amazônia, é isso que fazemos durante a Expedição Amazônia. Experimentar os cheiros e sabores e até os dissabores”.
Em parceria com o Projeto Saúde e Alegria, o programa íris social promove o turismo de base comunitária, que pode ser a saída para a economia da floresta, oferecendo ao turista a possibilidade de conhecer as peculiaridades da região, aproveitar as belezas naturais e representar uma forma de desenvolvimento sustentável com respeito à natureza.
“Nosso modelo de viagem funciona na base de expedição onde nós aliamos dois principais recursos: o trabalho voluntário sobre a supervisão e dentro dos trabalhos já realizados pela equipe do PSA e também o turismo de base comunitária realizado em parceria com as comunidades da Resex Tapajos Arapiuns com objetivo de valorizar um pouco mais as culturas tradicionais brasileiras” – explicou a fundadora da Iris – Natália Teichmann.
A intenção do projeto é possibilitar que visitantes conheçam os modos de vida dos comunitários da Amazônia, as diferentes culturas, e promovam geração de renda às famílias tradicionais. “Conforme a gente crescer em viagens, crescer em valorização desse tipo de roteiro, mais comunidades tem como sobrevivem em seu próprio território, valorizando seu modo cultural e ganhando a renda que muitas vezes é difícil de conseguir por aqui” – acrescentou Teichmann.
Fotos: Iris Social.