Capacitação foi realizada no período de 04 a 08 de outubro na Floresta Nacional do Tapajós;
Moradores das comunidades São Domingos, Pedreira, Nazaré, Jaguarari e da aldeia indígena Takuara que já desenvolvem a atividade de coleta de sementes ou que tem interesse em realizar essa atividade (homens e mulheres) participaram do treinamento que teve por objetivo capacitar a equipe de coleta de sementes da Floresta Nacional do Tapajós para realizar atividade de Inventário Florestal Não Madeireiro de 13 espécies arbóreas.
A partir do inventário é possível realizar o georreferenciamento da área, selecionar árvores matrizes para coleta de sementes com fins de produção de mudas para restauração, e ainda definir as áreas de coleta de sementes de andiroba.
Segundo a engenheira florestal do PSA, Maria Soliane Sousa, o plano base de coleta de sementes em execução de 2021 foi aprovado pelo ICMBio e está sendo desenvolvido desde o começo do ano, com a coleta da semente de andiroba. “O inventário faz parte desse plano, é um dos objetivos desse plano aprovado pelo ICMBio. Estamos cumprindo o descrito no plano básico 2021. O inventário vai subsidiar o plano básico de sementes em 2022 e as estratégias de coleta de sementes para os próximos anos, em uma área de cerca de 949,5 hectares no entorno do Km 67 e 72 da BR-163 na Floresta Nacional do Tapajós” – disse.
Na formação os participantes receberam orientações sobre como se desenvolve a atividade de inventário e quais os parâmetros avaliados durante a atividade. Também receberam orientações sobre funções e aplicações do uso de GPS.
“Um pequeno grupo de moradores foi selecionado para que eles sejam os operadores de GPS durante a atividade de inventário. Com esse grupo, o foco principal foi ensinar a marcar as coordenadas geográficas das árvores e conseguir se orientar com o gps dentro da área delimitada para o inventário” – destacou Sousa.
Um segundo grupo foi formado para capacitação em outras funções necessárias ao desenvolvimento da atividade, onde foram treinados para identificação das árvores de interesse (realizada por dois identificadores da COOMFLONA), produção de plaquinhas para marcar as árvores inventariadas, treinamento de anotadores de campo para avaliação de parâmetros fitossociológicos das espécies, além de sanidade, fenologia.
A atividade que contou com o apoio dos parceiros: Coomflona, UFOPA, Federação da Flona Tapajós e Conselho indígena Munduruku de Belterra, se alinha à estratégia do Programa Floresta Ativa, cujo objetivo é fortalecer as cadeias de produtos florestais não madeireiros com foco nas sementes e óleos das espécies (andiroba, castanha do Pará, cumaru, pequiá e copaíba) na Floresta Nacional do Tapajós. Para isso apresenta ações específicas como a realização do cadastro de famílias coletoras, reuniões de planejamento da safra nas comunidades e na sede da Coomflona, inventários Florestais nas áreas de Manejo Florestal Ambé, estabelecimento de áreas de coleta de sementes (ACS), fomento às novas infraestruturas para apoio às atividades dos não madeireiros e promoção de oficinas, encontros e capacitações sobre sementes e óleos.