No período de 18 a 21 de novembro, beneficiados por construções de sistemas de água e saneamento, participaram de curso para melhor gestão dos empreendimentos sociais;
Um dos requisitos para a implantação de tecnologias de água e saneamento do Programa Cisterna é a participação em capacitações para que os beneficiários do programa tenham autonomia para manter os sistemas domiciliares e saibam como resolver eventuais manutenções nas tecnologias. Durante quatro dias, os moradores participaram do curso promovido pela Somecdh – executora do projeto, Saúde e Alegria – gestor na região e Feagle – parceira do território.
Além das construções e curso para manutenções, o programa prevê realização de formações voltadas ao uso seguro da água sem contaminação e gestão dos sistemas. “Nós estamos na fase de qualificação social da comunidade. A gente trabalhou durante quatro dias, tratando temas de saúde, higiene e de como tratar a água, e para além disso um trabalho de empoderamento comunitário, relacionamento comunitário e termina com a formação da comissão de gestão da água e a partir do momento que o projeto for entregue para a comunidade, como eles vão tocar porque o projeto é autogestionário. A ideia é que a comunidade assuma o compromisso de gestão e a responsabilidade pela gestão” – explicou a coordenadora de desenvolvimento comunitário da Somecdh, Michele Monteiro.
Terra Preta dos Vianas é a última obra de construção de sistemas de água e saneamento do Programa Cisterna do Ministério do Desenvolvimento Social, coordenado pelo Projeto Saúde e Alegria na região. Mil cento e oitenta e quatro (1.184) famílias já foram beneficiadas com tecnologias de acesso à água e saneamento em comunidades da Resex Tapajós Arapiuns, de várzea, da Floresta Nacional do Tapajós, territórios indígenas Munduruku e Maró, e no Assentamento Agroextrativista Lago Grande.
Na comunidade Terra Preta, está sendo construído um sistema para atender a demanda de distribuição de água para aproximadamente 300 pessoas de 61 famílias, que passarão a receber água tratada nas residências. “Nós nos sentimos muito honrados em poder ter o microssistema de água, porque antes a gente tinha uma dificuldade muito grande na nossa comunidade devido a chuva, que inundava os igarapés, e as famílias não tinham que pegar água limpa para fazer suas alimentações. Seus asseios e hoje a gente agradece pelo sistema de água na nossa comunidade” – disse a liderança comunitária, Janete Maria Branco.
No curso foi eleita a comissão de gestão do empreendimento e constituído um termo de acordo aprovado pelos comunitários. O modelo da tecnologia implementada, será a de número 15 que consiste na construção de um microssistema com reservatório elevado, rede de distribuição nas ruas, captação de água de chuva nas casas, elevado e uma caixa de mil litros para cada residência e ainda construção de banheiros com pia e fossa, possibilitam mais dignidade aos moradores da comunidade. Já famílias que moram em locais mais afastados e de difícil acesso, serão beneficiadas com a tecnologia número 8, que consiste na captação de água de chuva; um elevado com caixa de mil litros; um elevado com caixa de 5 mil litros; um banheiro completo; uma pia de cozinha e um filtro de barro. Através da parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap), um poço de 120 metros foi instalado pela secretaria para garantir o abastecimento ininterrupto. “São parcerias que somam esforços para melhorar a qualidade de vida das famílias nas comunidades”, disse o titular da Semap, Bruno Costa.
As construções iniciaram e a previsão é que a obra seja concluída até o fim do mês de dezembro.