Acordo de cooperação técnica entre Museu Paraense Emílio Goeldi, Projeto Saúde e Alegria e Ufopa possibilitará participação de moradores dos territórios: Resex, Flona, PAE Lago Grande, Gleba Nova Olinda e PA Mojú 1 e 2;
A função de um parabotânico é reconhecer, coletar e identificar as árvores na floresta através de sua experiência e vivência agilizando os trabalhos e contribuindo para a catalogação de espécies e realização de pesquisas. Os parabotânicos são responsáveis pela coleta de ramos, flores e frutos para descrição feita pelos botânicos.
O papel deles é fundamental para a manutenção da floresta em pé. Pensando nisso, um Acordo de cooperação técnica entre Museu Paraense Emílio Goeldi, Projeto Saúde e Alegria e Ufopa está sendo articulado desde o mês de fevereiro a organização da formação realizada no período de dois anos, dividida em doze cursos.
O curso abrange teoria e prática voltadas à criação de áreas de coletas de sementes, treinamento para seleção, beneficiamento de sementes e produção de mudas dos viveiros das comunidades com a meta de 50 mil mudas por ano. “Vamos juntar conhecimento científico com conhecimento tradicional dos moradores. Além disso a gente vai produzir material científico e formar nossos alunos de mestrado. Eles vão conviver com os comunitários e fazer essa difusão” – explicou a professora doutora do Museu Emílio Goeldi, Regina Oliveira.
A parceria objetiva capacitar os comunitários do Projeto Floresta Ativa Tapajós em parabotânicos com foco à manutenção das áreas protegidas, geração de renda, extrativismo e cadeias produtivas. A atividade se alinha ao projeto já desenvolvido pelo Saúde e Alegria com apoio do fundo Amazônia/BNDES, que agora conta com a parceria do laboratório de sementes da Ufopa onde acontecerão treinamentos com coleta, beneficiamento de sementes e produção do óleo de copaíba e andiroba contou o coordenador do Floresta Ativa, Paulo Bonassa.
Seminário e assembleia da aliança pela restauração na Amazônia
Pesquisas científicas, políticas públicas, investimento privado e ações comunitárias realizadas no âmbito da Aliança pela Restauração da Amazônia foram apresentados na programação realizada no Parque Zoobotânico, no dia 01 de novembro em Belém.
O grave cenário de desmatamento na região mais biodiversa do planeta e de riqueza sociocultural inigualável foram alvo de discussões e troca de experiências para manutenção e restauração das florestas, na expectativa de promover o desenvolvimento local e o cumprimento de compromissos globais pela amenização da crise climática.
A Aliança pela Restauração da Amazônia, responsável pelo “Seminário sobre restauração de paisagens florestais na Amazônia” antecedeu a reunião anual da Assembleia Geral da organização. O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) é uma das oito instituições de pesquisa que integram a aliança, junto com 29 organizações da sociedade civil, sete instituições governamentais e dezenove empresas.
“Muito importante a participação dos diversos atores da sociedade civil, governo e empresas privadas unidos para uma ação conjunta que vise a restauração das áreas degradadas da Amazônia” – enfatizou Bonassa sobre o evento.
Para o oficial sénior de projetos Marcos Tito, o encontro foi fundamental para “avaliar os três primeiros anos de ações, repensar um plano de trabalho para os próximos 2 anos e eleger uma nova composição do Conselho. A aliança é um espaço aberto para entidades com diferentes fins que tem a intenção de trabalhar com a restauração. A composição do Conselho é composta por 12 entidades de áreas privadas, governamentais, de pesquisa e não governamentais, membros de comunidades locais”.