Enfermeiros de áreas ribeirinhas participam de novo módulo da formação na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil

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Profissionais de comunidades ribeirinhas participaram do novo módulo da Educação Permanente em Saúde (EPS), fruto da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria, UFOPA e SEMSA de Santarém. O município conta com nove tutores formados na estratégia Alimenta e Amamenta Brasil. Com a formação, terá mais vinte e seis novos tutores

Enfermeiros e enfermeiras das Unidades Básicas de Saúde de comunidades da Várzea, Lago Grande e Tapajós/Arapiuns, participaram do segundo módulo de capacitação permanente em saúde, com ênfase na amamentação exclusiva até os primeiros seis meses e a alimentação complementar para o desenvolvimento adequado na primeira infância.

O módulo da Educação Permanente em Saúde segue os conteúdos disponibilizados pela Estratégia Amamenta Brasil, a partir da ministração presencial dos facilitadores da Semsa Alexandre de Lira e Juliete Alcântara. A partir da formação que abordou alimentação, saúde e desenvolvimento infantil e um panorama sobre a situação do aleitamento materno e da alimentação complementar pelo Brasil, os profissionais de saúde têm a missão de multiplicar o conhecimento para outros agentes das comunidades: “Eles vão nos ajudar a difundir mais o tema. Desmistificar as dúvidas que a família tem. É muito importante porque a gente vai conseguir prevenir doenças que podem ocorrer na primeira infância” – explicou o tutor e enfermeiro convidado, Alexandre Lira.

A intenção da formação é capacitar os enfermeiros de regiões isoladas da Amazônia, para potencializar o cuidado na primeira infância, estimulando o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses e a inserção de alimentos naturais na alimentação complementar. Para a Enfermeira Valdicleia da UBS de Vila de Boim, região da Resex Tapajós Arapiuns, a formação supre uma importante demanda dos profissionais: “Isso é muito importante para avaliação das crianças dentro da comunidade, pra ver se está de baixo peso, se está fazendo a alimentação correta porque nos primeiros meses a alimentação é exclusiva materna e depois vem os complementares. Mas muitas vezes no interior, ocorre as alimentações complementares antes dos meses previstos” – esclarece.

Vinte e seis enfermeiros de áreas ribeirinhas participaram do módulo da EPS. Fotos: Adma Guimarães/PSA.

Desde setembro de 2021, os enfermeiros participam de módulos que contam com a participação de infectologistas e dermatologistas, especialistas em temas como hanseníase, leishmaniose, malária e hepatites virais. A cada mês, novos temas são escolhidos conforme a necessidade das comunidades. Em março deste ano, a formação foi sobre intoxicação por mercúrio e acidentes causados por animais peçonhentos. No mês de maio, os enfermeiros participaram da primeira etapa de formação sobre aleitamento materno.

“O município tem nove tutores formados e com esse curso poderemos formar mais 26 tutores. Essa estratégia pode trazer recursos para o município. O mais importante é sensibilizar os profissionais que atuam em áreas distantes e os comunitários na questão do aleitamento materno e alimentação complementar adequada. Essa oportunidade pode capacitar profissionais de saúde nesses temas como também esses tutores podem estar formando novas equipes em outras UBSs. É muito importante ter essa parceria entre o Projeto Saúde e Alegria, Semsa e Ufopa” – esclareceu a enfermeira do PSA, Marcela Brasil.

O encontro realizado através da parceria entre o Projeto Saúde e Alegria (PSA), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), possibilita aos enfermeiros o aprofundamento nos conhecimentos para melhor orientar as mães nas comunidades a partir dos conteúdos disponibilizados pela UNA-SUS.

A Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS) foi criada pelo Ministério da Saúde em 2010 para atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais de saúde. A formação foi realizada na última segunda-feira (06/07), e reforçou a necessidade de fortalecer a abordagem às mamães: “apresentamos aos enfermeiros de áreas ribeirinhas, os argumentos para incentivar o aleitamento materno exclusivo, a importância, como lidar com dificuldades, tabus de áreas ribeirinhas e quais os benefícios para mãe e criança. Além disso, como sensibilizá-las à adesão de hábitos alimentares e nutrição adequada a partir de 6 meses a 24 meses. Como fazer cardápio, oferta de alimentos de acordo com a área de cada enfermeiro” – contou Brasil sobre o módulo. A proposta é que o curso seja concluído em agosto, quando será realizado o terceiro módulo com oficina prática em UBS de área ribeirinha.

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