Registrados no Serviço de Inspeção Municipal, cooperados da COOPRASU participaram da capacitação no período de 07 a 11 de junho;
Na Comunidade Surucuá, região da Resex Tapajós Arapiuns, os trabalhos seguem em ritmo acelerado. É que os extrativistas, integrantes da Cooperativa Agroextrativista de Surucuá (Cooprasu), registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) em abril deste ano, estão participando de diversas capacitações para fortalecer as ações da agroindústria.
No período de 07 a 11 de junho, participaram do curso de Boas práticas de manipulação de Alimentos na própria comunidade, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e o Projeto Saúde e Alegria. “A finalidade é capacitar essas pessoas que vão estar trabalhando na cooperativa com a polpa de fruta porque os alimentos são fonte de contaminação e podem levar doenças para os clientes. Com esse objetivo de trazer esse conhecimento, adequado conforme a legislação, nós estamos aqui para capacitar essa equipe toda” – explicou o nutricionista do Senar, Joilson Dutra.
O curso capacita os participantes nas boas práticas de manipulação, abordando temas como: doenças transmitidas por alimentos, higiene e saúde dos funcionários, qualidade da água e controle integrado de pragas, qualidade sanitária na manipulação de alimentos e procedimentos operacionais padronizados para higienização das instalações e do ambiente.
As primeiras iniciativas da Cooprasu surgiram em 2015 quando um grupo de moradores da comunidade Surucuá, liderado por mulheres, se organizou para investir na unidade de processamento de polpas de frutas. Em 2020 a atividade se tornou uma cooperativa e procurou o apoio do Projeto Saúde e Alegria para obter o registro no Serviço de Inspeção Municipal – SIM e para acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Hoje a agroindústria, que funciona com energia solar, é uma realidade.
“Foi um benefício muito grande pra gente. Trouxe muitas oportunidades. Abriu um leque de oportunidades para as mulheres que eram pouco reconhecidas e agora nessa parceria com o PSA. Pra nós mulheres da Coprasul é de grande valia porque vai melhorar as nossas condições de vida, o bom funcionamento da cooperativa e a maneira de fabricação dos nossos produtos. Agora com o selo Sim breve nós vamos estar levando a nossa polpa de Surucuá para Santarém onde vão poder encontrar nos supermercados com a variedade de polpas de cupuaçu, acerola, murici dentre outros produtos” – disse a secretária da Cooperativa, Leudiane Braz.
O Programa Floresta Ativa enquanto plataforma de oportunidades socioeconômicas voltadas ao manejo sustentável da floresta, apoia a iniciativa para fortalecer cadeias produtivas para ao mesmo tempo, promover a segurança alimentar, a elevação da renda e a inclusão social das comunidades envolvidas.
“Somos parceiros da Cooprasu no processo de agroindustrialização de produtos, principalmente de polpa de fruta e também na implementação de SAFs na comunidade Surucuá voltada aos cooperados da Cooprasu que hoje somam o total de 19 sócios. O objetivo do projeto é fortalecer a cadeia produtiva dos SAFs voltado à fruticultura fornecendo matéria prima para a agroindústria. As próximas etapas serão de capacitação de gestão e empreendedorismo” – ressaltou o extensionista rural do PSA, Márcio Roberto.