Grupo de moradores da comunidade Surucuá, liderado por mulheres, atua desde 2020 com o processamento de polpas de frutas na Agroindústria. Com o apoio do Programa Floresta Ativa do Projeto Saúde e Alegria, recebe assistência técnica regular e infraestrutura
Visando garantir os protocolos higiênicos e sanitários para a fabricação de polpas de frutas, a Agroindústria de Surucuá recebeu a vistoria técnica dos fiscais da equipe de inspeção da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (SEMAP). Durante a visita, foram avaliados aspectos de segurança alimentar, adotados durante a fabricação dos produtos.
Renovado anualmente, o Selo é concedido aos empreendimentos que seguem padrões sanitários estabelecidos pela Anvisa e Ministério da Agricultura e se adequam às exigências em saúde. Desde 2015 o grupo se organiza, captando recursos e investindo na unidade de processamento de frutas. Em 2020 a iniciativa se tornou uma cooperativa e procurou o apoio do Projeto Saúde e Alegria para obter o registro no Serviço de Inspeção Municipal – SIM e para acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Atualmente a agroindústria, que funciona com energia solar, é uma realidade e recebeu a renovação do SIM.
“A gente ficou muito feliz de conseguir o selo. Pra gente é muito importante porque a gente ficava com receio de vender nossos produtos irregular. Agora a gente tem o selo e pode vender para qualquer instituição, comércio, dentre outros” – contou à época Eliane Brás, presidente da Cooprasu.
A equipe de Assistência Técnica do Programa Floresta Ativa acompanha a cooperativa desde a produção de mudas até a fabricação das polpas. Um processo que ocorre com a participação ativa dos cooperados e técnicos do PSA. “Nós auxiliamos com suporte e orientação técnica para que os protocolos de higiene sanitária indicados pela ANVISA e Ministério da Agricultura sejam seguidos e damos suporte na parte de gestão de pessoas, financeira, https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistrativa da cooperativa e comercialização das polpas”, explicou a responsável técnica, Rosimeire Borges.
A renovação do Selo de Inspeção Municipal aconteceu na última sexta-feira (17), após identificação das condições da indústria e rotulagem estarem dentro dos padrões. “O serviço elogiou bastante a cooperativa por estarem em uma área distante e mesmo assim, tem conseguido manter um padrão de zelo e higiene”, contou Borges.
A coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal de Santarém, Deliane Lira, explicou que a vistoria é de praxe e que durante a visita foram feitas orientações de adequações da estrutura, mas que a cooperativa atende às exigências sanitárias e higiênicas para operar: “As condições todas são inspecionadas in loco. É uma área muito interessante, seguindo todas as orientações, fluxograma de beneficiamento, com a renovação dessa certificação do produto e abre portas para fornecer ao mercado e até mesmo a merenda escolar”.
Regularmente, os cooperados participam de cursos em boas práticas de manipulação de Alimentos na própria comunidade. Em 2021, a capacitação ocorreu em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).
“Somos parceiros da Cooprasu no processo de agroindustrialização de produtos, principalmente de polpa de fruta e também na implementação de SAFs na comunidade Surucuá voltada aos cooperados da Cooprasu que hoje somam o total de 19 sócios. O objetivo do projeto é fortalecer a cadeia produtiva dos SAFs voltado à fruticultura fornecendo matéria prima para a agroindústria. As próximas etapas serão de capacitação de gestão e empreendedorismo” – ressaltou o coordenador de ATER do PSA, Márcio Roberto.
O Programa Floresta Ativa enquanto plataforma de oportunidades socioeconômicas voltadas ao manejo sustentável da floresta, apoia a iniciativa para fortalecer cadeias produtivas para ao mesmo tempo, promover a segurança alimentar, a elevação da renda e a inclusão social das comunidades envolvidas.