Inventário Florestal aponta prevalência de cumarú, andiroba, bacaba, angelim vermelho e patauá em áreas da Flona

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Levantamento de espécies florestais foi realizado em três comunidades da Floresta Nacional do Tapajós por técnicos do Saúde e Alegria no período de 16 a 20 de dezembro;

 

Estruturar a cadeia de sementes e mudas é um importante trabalho para o desenvolvimento da atividade extrativista na região amazônica. Além de fortalecer a atividade dos moradores de comunidades tradicionais, garante subsídios para entender as características quantitativas e qualitativas da floresta.

Técnicos do Programa Floresta Ativa do PSA estiveram em campo no mês de dezembro para realizar o inventário em três áreas polos da Flona: Jaguarari, Nazaré e Prainha. Foram coletadas amostras em espaços de 50x200m. O inventário florestal é a principal ferramenta para conhecer o estoque de madeira na floresta utilizando fundamentos de amostragem para estimar os parâmetros quantitativos, como volume e área basal, assim como os qualitativos.

“Encontramos bastante árvores de cumarú, andiroba, bacaba, angelin vermelho e patauá. Espécies florestais para fornecer sementes com grande potencial, além de outras com índice menor de indivíduos por espécie foram encontradas” – explicou o Técnico florestal Henrique Martins.

Após esta etapa, os técnicos seguem na segunda semana de janeiro para a região do Rio Cupari onde serão implantadas novas áreas de coleta.

 

O programa Floresta Ativa

Visando a reposição florestal da Amazônia, produzimos para distribuição mudas de centenas de espécies madeireiras e frutíferas. Até 2019, foram plantadas 305.308 mudas em comunidades da Resex, Projetos de Assentamento Agroextrativistas (PAE) Lago Grande, Flona e região urbana de Santarém, com 650 famílias envolvidas em 55 comunidades para a restauração florestal de suas áreas e combate ao desmatamento da Amazônia.

Para entrega em 2020, a produção continua no Centro Experimental Floresta Ativa. O Saúde e Alegria não poupa esforços, para que a coleta, o beneficiamento e plantio contribuam para que cada vez mais a reposição florestal possa ocorrer de forma concreta nos territórios trabalhados. Durante o primeiro semestre, foram produzidas 28 espécies, num total de 33.180 mudas, que no início do inverno serão distribuídas.

Promover na região do Tapajós o manejo sustentável da floresta fortalecendo cadeias produtivas e empreendimentos agroecológicos voltados para conservação ambiental, reposição e restauração florestal são ações fundamentais para a saúde da floresta. É preciso reduzir o desmatamento e as emissões de CO2, validando junto às esferas públicas tecnologias socioambientais passiveis de replicação, como referências para orientar políticas e estratégias para Amazônia proporcionando aos agroextrativistas inclusão social, qualidade de vida e renda.

Um dos principais componentes do Floresta Ativa é o Centro Experimental Floresta Ativa – CEFA. O pólo é referência para a capacitação e o desenvolvimento de projetos e tecnologias socioambientais replicáveis para toda a floresta. Construído dentro da Resex, na comunidade de Carão possui um conjunto de instalações baseadas nos princípios da permacultura e da agroecologia num único sistema integrado de campo. Com parcerias, o CEFA possui:

Base de treinamento e alojamentos, onde são realizados seminários, oficinas, eventos;

Viveiro central (sementeiras, mudas e estocagem) com capacidade de produzir 400 mil mudas;

Meliponário com horta meliponicula e 110 casas de Abelhas;

Área para criação de Galinhas Caipiras;

Açudes para atividades de Aquicultura;

Estação meteorológica;

Sistema de energia renovável.

Fotos: Henrique Martins-PSA.

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