Por três dias jovens integraram rodada de discussões sobre problemas e ações necessárias na defesa de direito das populações tradicionais da região. No segundo ciclo, moradores da Resex Tapajós Arapiuns, Flona, Planalto e PAE Lago Grande se encontraram na Floresta Ativa Comunidade Carão – Resex Tapajós-Arapiuns
Lixo, território, agronegócio e pesca predatória estão entre os temas discutidos no encontro que visa formar jovens articuladores e defensores dos próprios direitos e territórios. Os participantes da jornada de ativismo juvenil são indígenas moradores de comunidades tradicionais que enfrentam desafios para manter a cultura local com acesso aos direitos garantidos por lei.
No encontro os jovens participaram de diversas atividades voltadas a formação crítica para identificar possíveis problemas que atingem as comunidades a qual fazem parte e sugestões de ações que possam reverter a situação atual. Divididos em grupos de temas específicos, foram estimulados a usar a metodologia do Mob Lab que aponta problemas, causas e efeito com foco ao mundo ideal nas esferas individual, coletivo e político.
Os indígenas consideram a comunicação como ferramenta essencial para avanço do ativismo na região, e por isso mapearam os tipos de comunicação existentes dentro da comunidade e o que precisam fazer para melhorá-la. Para o facilitador do encontro Walter Oliveira: “Com essas ferramentas a galera da Amazônia pode ser ouvida. É importante para as populações tradicionais planejar o futuro por meio dessas ações” – explica.
Oliveira destacou os tipos de manifestação ativista que desaprova a “baderneira e violenta. Usamos estratégias para atingir o alvo”. Por meio de teatro, banner humano, flash mob o facilitar mostrou aos participantes como a criatividade pode ser aliada na transformação da realidade por meio da ação prática.
A formação é uma parceria do Projeto Saúde e Alegria com a organização de liderança jovem Engajamundo, sem fins lucrativos que promove formações, mobilização e ações de ativismo, com foco ao empoderamento da juventude para reivindicar melhorias em diversas esferas de poder. Este foi o segundo ciclo da Jornada de formação para o ativismo juvenil de um total de cinco que devem ocorrer nas comunidades.