Monitoramento da COVID-19 aponta pico e declínio de casos no baixo Amazonas

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Equipamento doado pelo Projeto “Ações Sinérgicas e Cooperativas de Mitigação do COVID-19 no Tapajós e Bacia do Xingu (Terra do Meio)” tem contribuído para monitoramento da COVID-19 nas comunidades ribeirinhas e aldeias do Oeste do Pará

Uma das maiores dificuldades no monitoramento da pandemia de COVID-19 é a subnotificação. Para entender o ritmo em que a doença está se espalhando e poder planejar uma reabertura segura, é necessário ampliar a testagem da população e o Brasil tem tido dificuldades nessa área. Por isso, apoiar a iniciativa do Laboratório de Biologia Molecular – LABIMOL é importante, pois traz para o Oeste do Pará a tecnologia que antes estava concentrada nas capitais, e permite assim atenção também à população rural.

O LABIMOL atua na testagem e monitoramento da COVID-19 desde 2020 e recebeu em janeiro deste ano a doação de uma máquina de PCR em Tempo Real, um equipamento de análise dos testes para identificar se o paciente está ou não com COVID-19. Em 2023, o laboratório realizou 663 testes para COVID-19 pela metodologia RT-PCR e obteve 17% de resultados positivos. Segundo Marcos Prado, o professor e coordenador do LABIMOL, houve um pico da COVID-19 em março e um posterior declínio, ligado ao início da aplicação da vacina bivalente contra o coronavírus.

O laboratório será um dos visitados pela comitiva da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development, USAID) que visita o Projeto Saúde & Alegria recebe na próxima semana para acompanhar as operações o projeto “Ações Sinérgicas e Cooperativas de Mitigação do COVID-19 no Tapajós e Bacia do Xingu (Terra do Meio)”. Essa iniciativa é realizada em parceria com a ONG SAMA Health In Harmony de Altamira, que também terá representantes e parceiros acompanhando a visita e trocando experiências com os colegas do Saúde & Alegria.

O objetivo da comitiva é conhecer de perto o impacto do projeto que vem beneficiando 91 comunidades ribeirinhas e indígenas da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e da Floresta Nacional do Tapajós, na bacia do Tapajós, e, 50 comunidades das Reservas Extrativistas do Rio Iriri, Riozinho do Anfrísio e Rio Xingu, que fazem parte da região conhecida como Terra do Meio. Além de beneficiar a região do Oeste do Pará com a melhoria da testagem de COVID-19 através de testagem molecular (PCR). O projeto conta ainda com apoio da SITAWI Finanças do Bem e a parceria da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista do Iriri (AMORERI) e das secretarias municipais de saúde de Altamira, Aveiro, Belterra e Santarém, no Pará.

A região Norte foi uma das mais castigadas pela COVID-19. Preocupados com o cenário de vulnerabilidade ao acesso à saúde na Amazônia, o projeto está fortalecendo o acesso à saúde na Amazônia através do apoio à vacinação, aos sistemas locais de saúde para detectar, prevenir e controlar a transmissão do vírus, acompanhar casos agudos e ampliar o tratamento de sequelas de síndrome pós-COVID-19. Além da produção da campanha “Xô, Corona!” de informação e combate à fake news, de oficinas de arte educação, curso de Educação em Saúde e de encontros regionais com as comunidades atendidas para avaliação do enfrentamento da COVID-19.

O projeto “Ações Sinérgicas e Cooperativas” prevê a entrega de dez polos de telemedicina ao longo de 2023 e já realizou o aparelhamento de Unidades Básicas de Saúde nas comunidades beneficiadas, a estruturação de dois centros de atendimento a pacientes com COVID-19, a doação de equipamentos de proteção individual (EPI) e a ampliação da testagem molecular (PCR) através de parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Entre todas as iniciativas brasileiras em resposta a COVID-19 com financiamento da USAID, “Ações Sinérgicas e Cooperativas“ é o maior projeto apoiado no país e foi o escolhido para visita.

Equipe do Saúde & Alegria e do Hospital Municipal de Belterra na sala de estabilização de pacientes com COVID-19.

A equipe chega em Santarém no domingo, dia 23/04, e será recebida com apresentação do projeto “Rios de Esperança – Arte e Saúde contra a COVID-19 na Amazônia”, às 18h30, em Alter do Chão. Na segunda, dia 24/04, a comitiva conhece a sede do PSA, onde haverá apresentação do Saúde & Alegria e a SAMA Health In Harmony. À tarde, seguem para o Hospital Regional do Baixo Amazonas e para o LABIMOL, na UFOPA. Na terça, dia 25, a equipe viaja de barco para conhecer a sala de estabilização de pacientes com COVID-19 do hospital municipal de Belterra e o posto de telemedicina da comunidade Parauá. Os visitantes vão para a comunidade de Prainha no dia seguinte, onde acompanham a operação do navio hospital Abaré 1. O encerramento da visita contará com atividades de arte-educação, comunicação, gastronomia social e o Gran Circo Mocorongo.

USAID, NPI EXPAND e SITAWI

No Brasil, a USAID, a NPI EXPAND e a SITAWI se uniram para criar uma parceria para apoiar a Resposta à COVID-19 na Amazônia. Entre 2020 e 2021, a primeira fase do projeto do NPI EXPAND Resposta à COVID-19 na Amazônia distribuiu mais de 23 mil cestas básicas e kits de higiene, capacitou mais de 500 agentes comunitários de saúde, doou mais de 1,4 milhão de máscaras feitas por costureiras locais e divulgou mensagens educativas de prevenção para mais de 875 mil pessoas na região.

A Fase 2 está promovendo maior resiliência das comunidades amazônicas através do apoio amplo à vacinação contra a COVID-19, campanhas de informação e combate à fake news, e apoiando os sistemas locais de saúde na região com equipamentos e insumos para detectar, prevenir e controlar a transmissão do vírus. Além disso, há o acompanhamento de casos agudos e o tratamento de sequelas de síndrome pós-COVID-19.

Serviço imprensa

Onde? LABIMOL, Campus Tapajós da UFOPA

Quando? Segunda-feira (24/04) às 14h

Quem? Marcos Prado – UFOPA / Fábio Tozzi – PSA / Érika Pellegrino – SAMA/ Nina Best – NPI EXPAND Brasil/ Luísa Moreira e Natália Lopez-Hurst – USAID

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