“Nós podemos ser mulheres empreendedoras e produzir sem agredir o meio ambiente” – Edilena Oliveira durante Encontro de Fortalecimento das Mulheres

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Nova ação do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta se concentra nos territórios do PAE Lago Grande , Resex e Planalto Santareno. Primeiro encontro aconteceu na Comunidade Murui, região do Lago Grande

Vem da terra o alimento para a mesa das famílias do PAE Lago Grande. O território que produz frutas, verduras e legumes, é também pólo produtor de mel de abelha sem ferrão, artesanato e ervas medicinais. Foi nesse grande Projeto de Assentamento que mulheres organizadas em cooperativas, associações, sindicatos e federações participaram de uma nova formação do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta.

O encontro aconteceu no período de 18 a 21/04 na Sede da FEAGLE – Comunidade Murui – PAE Lago Grande. Participaram 34 mulheres, dentre elas, Sara Cardoso da comunidade Urucureá. A artesã que integra o grupo Tucumarte e a cooperativa Turiarte, falou sobre a necessidade de reunir as mulheres da região para promover capacitações e fortalecimento: “Foi muito importante a gente estar aqui porque estou levando conhecimento para as cooperadas e sócias. Estou tendo muito conhecimento de coisas que eu não sabia. Daqui pra frente a gente vai lutar pelos nossos direitos”, destaca.

O evento denominado ‘Construindo redes para o fortalecimento das mulheres empreendedoras agroextrativistas do Baixo Tapajós’ é o primeiro de uma série de três encontros por território: PAE Lago Grande , Resex e Planalto Santareno. Após os encontros por território será realizado um grande encontro unindo as mulheres dos territórios. Uma oportunidade maravilhosa para discutir e encaminhar as demandas e oportunidades dos negócios comunitários.

Para a coordenadora do núcleo de negócios da floresta – sociobioeconomia de base comunitária do PSA, Olivia Beatriz, o encontro superou as expectativas e já tem encaminhamentos: “Foi muito alegre, alto astral, cheio de conversas super importantes, onde discutimos sobre agroecologia, segurança e soberania alimentar, políticas públicas para mulheres no campo, e como construir redes para fortalecer os negócios das mulheres”, ressalta.

Através de dinâmicas lúdicas e integrativas, foram discutidas temáticas de geração de renda, agregação de valor, boas práticas e acesso ao mercado, territorialidade, medicina tradicional, juventude e segurança das mulheres. Um momento marcado por ricas trocas e partilhamento de saberes, comentou a meliponicultora da cooperativa Acosper, Edilena Oliveira: “Um encontro maravilhoso para discutir sobre a nossa vivência, geração de renda e como ser uma mulher autônoma dentro dos seus territórios. A gente descobriu um montão de coisas e com isso nos prova de que dentro do assentamento nós temos um potencial produtivo enorme. Vai somar para levar os trabalhos em frente que anima muito. Nós podemos sim, ser mulheres empreendedoras, dentro do seu território, vendendo, produzindo, sem agredir o meio ambiente, trazendo mulheres pra nossa rede de mulheres”.

A partir dos diálogos, foram mapeadas necessidades de mulheres agroextrativistas do PAE Lago Grande. Ao longo dos próximos encontros nesse território e na Resex e Planalto santareno, serão elaboradas propostas com encaminhamentos práticos para compor um documento com pautas para a Marcha das Margaridas em Brasília, na qual participarão mulheres representantes das instituições, cooperativas, associações, e demais movimentos de base. “Falamos sobre o sentido de usar políticas públicas, a exemplo da marcha das margaridas, que é uma força política. Esse tipo de evento acaba abrindo os olhos das mulheres que nunca participaram, para falar, compartilhar experiências e aprender”, pontuou a diretora social da AMTR e mediadora do encontro, Ana Cecília.

A ação é uma iniciativa do Projeto Mulheres Empreendedoras da Floresta, executado pelo Projeto Saúde e Alegria e STTR-STM com apoio da União Europeia e que nestes encontros conta com apoio do BNDES. Participando das capacitações, lideranças de organizações constituídas relacionadas à sociobiodiversidades e a agricultura familiar, comentaram sobre o entusiasmo em participar da formação:

“Achei muito legal, tanta coisa bonita no nosso território e como ele é maravilhoso. E às vezes a gente não sabe dar valor” – Edeliane Canté, STTR-STM.

“Nossas associadas muitas vezes não tem conhecimento sobre seus direitos. Visibilidade para sua economia, pro seu direito. A gente observa que elas têm uma produção rica e não sabem https://saudeealegria.org.br/wp-content/uploads/2023/02/Criancas-com-Saude-e-Alegria-3-scaled-1-1.jpgistrar” – Nara Cardoso, STTR.

“Esse é um momento muito apropriado porque conseguimos trazer pessoas que pela primeira vez estão conseguindo participar. Elas vão se envolver nas comunidades” – Rosenilce Vitor, Presidente da Feagle.

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