Apresentações vão ao ar de domingo à sexta às 14h00 nas Rádios Rural de Santarém e Princesa Fm;
Com mais de cento e dez programas veiculados, o Programa Alô Comunidade está na boca do povo. É assunto nas mesas de conversa das comunidades ribeirinhas e indígenas de Santarém e região. É também espaço democrático de participação para comentários positivos e denúncias sobre necessidades comunitárias. Em mais de cinco meses, o programa idealizado pelo Projeto Saúde e Alegria -PSA, para ser um instrumento de suporte às comunidades no período da pandemia, se tornou um ponto de encontro para moradores.
O programa foi idealizado inicialmente para apoiar a campanha #Com Saúde e Alegria Sem corona, levando informações das atividades realizadas pelo Saúde e Alegria e seus parceiros, assim como conteúdos educativos para incentivar a prevenção. Ao mesmo tempo abrindo espaço para as reivindicações da comunidade, o programa foi além e tem recebido muitas mensagens de elogios e solicitação pela sua continuidade.
“Nossa proposta é que o Alô Comunidade continue sendo essa voz popular, ampliando suas temáticas para além da pandemia. Estamos trabalhando numa reformulação, mantendo a linha editorial do diálogo direto com o ouvinte, mas sendo ainda mais abrangente, valorizando o vasto universo da vida como ela é nas comunidades da Amazônia”, explicou Fabio Pena.
A população ouviu e aderiu ao chamado de participar diariamente, enviando depoimentos, mandando alôs e denunciando situações delicadas, explicou o locutor do programa, Raik Pereira: “De todas as experiências que eu já tive em vinte anos de rádio, fazer o Alô Comunidade pra mim é super diferente e muito especial porque eu estou lidando com o povo ribeirinho que eu tenho muita proximidade. O programa foi pensado para ser exatamente isso. Das comunidades para as comunidades, e delas para o poder público para apresentarem suas demandas, reivindicações, angústias, anseios. É tão verdadeiro e natural que as comunidades assumem esse programa. As comunidades chamam esse programa de nosso programa”.
Nestes 112 programas, houve notícias tristes e alegres. Algumas muito difíceis de serem contadas, ressaltou Pereira sobre duas em especial: a apreensão de armas usadas para caça e a morte de um morador por demora no atendimento médico: “Foi uma notícia bem difícil de a gente fazer uma abordagem no programa e para as comunidades que no momento que atravessavam a pandemia, serem surpreendidas com uma ação policial para aprender acessórios usados no dia a dia para buscar alimentos… a outra notícia difícil foi noticiar a morte do Alberto Kumaruara que foi picado por uma cobra surucucu na comunidade Mapirizinho, em que os moradores viram ele agonizar na comunidade e esse atendimento nunca chegava”.
O programa também noticiou boas ações, como as diversas entregas dos kits de higiene, proteção e alimentação nas comunidades distantes de Santarém. Para quem acompanha, o espaço cumpriu o importante papel de dar voz a quem não era ouvido pela sociedade. Motivos para isso não faltam. São muito os pedidos vindos dos ouvintes:
“A gente consegue alcançar uma audiência e relatar as nossas necessidades para quem ainda não conhece a necessidade das comunidades ribeirinhas e as vezes o governo não consegue chegar. O Alô Comunidade é para que as comunidades falem, peçam ajuda. É importante que continue não somente na pandemia, mas que seja um programa fixo” – Ana Carolina, São Pedro.
“O programa contribuiu muito com as comunidades. Até o tema chama atenção” – Juniclei Nunes, São Pedro.
“Eu vim fazer um apelo e uma reclamação pra que possa mudar o horário de meia hora para uma hora o programa Alô Comunidade que é top na região Tapajós, Arapiuns e Lago Grande” – Cristiano Banana, Enseada do Amorim.
“Sou ouvinte diariamente desse magnífico programa que interliga todos da zona urbana e rural em sintonia pela insatisfação de seus direitos ou para registrar onde ouve afinal é estupenda a audiência desses 30 valiosos minutinhos. Por isso venho incitar esses ouvintes para aderir a # continua no ar depois da pandemia o programa. É a voz do povo principalmente de quem está esquecido no interior do município” – Riva, aldeia de Atrocal- Arapiuns.
“MUITO PAI D’ÉGUA – ALÔ COMUNIDADE AMANHECE DOMINGÃO AMAZÔNICO – O MELHOR DA RÁDIO LOCAL – Fazia tempo que Santarém não tinha identidade nas FMs, é incrível, como os radialistas santarenos sabem tudo da vida dos artistas do Rio de Janeiro e de outras paragens do Brasil, mas dos artistas paraenses nem porra – Neste domingão liguei o rádio costumeiro, para ouvir o Alô Comunidade do meu amigo Raik Pereira, que coisa maravilhosa, além da musicalidade, do repertório lindo para a gente acordar na Amazônia legal, ele hoje divulgou os vencedores do Mocoroscar, uma competição cultural do Projeto Saúde Alegria, dentro das comunidades tapajônicas, cara foi muito pai d’égua!” – Nelson Vinente, blogueiro.