Visitas de acompanhamento aos comunitários nas unidades produtivas objetivam fortalecer as produções rurais;
A região de várzea do Baixo Amazonas é responsável por abastecer grande parte das feiras e mercados com produtos rurais, tais como melancia, jerimum, banana verde, prata, couve, repolho e berinjela. Apesar da fartura, os produtores relatam que por muito tempo sofreram com a dificuldade de escoar o produto de forma valorizada e que por isso, desde 2020 criaram a Cooperativa de Produtores Rurais da Várzea (COOPRUVA).
A cooperativa recebe o apoio do Projeto Saúde e Alegria que articula com Organizações Socioprodutivas de Base para potencializar as ações desenvolvidas e capacitar por meio de seminários, oficinas, assessorias e participação em eventos. Na última quinta-feira (29/4), os produtores de Piracãoera de Baixo receberam a visita de assistência técnica do Projeto Saúde & Alegria, explicou o técnico d, Alexandre Godinho: “essa atividade é muito importante para fortalecer as ações já desenvolvidas pelos comunitários. Na oportunidade ajudamos a atualizar as DAPs (Declaração de Aptidão ao Pronaf) documento necessário para ter acesso a políticas públicas” – esclarece.
“Através dessa DAP a gente passa a poder concorrer a novas licitações. Hoje o Saúde e Alegria com seus técnicos vieram se preocupando também com nosso povo, pra todo mundo ficar antenado e não ficar de fora das próximas licitações” – acrescentou Valdenira Branches, produtora rural.
Segundo o presidente da cooperativa, Raimundo Carlos, o modelo de organização de três comunidades de Urucurituba e Tapará melhorou a vida de quem produz nessas regiões porque agora eles tem condições de fornecer os produtos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): “Foi fundada há um ano pra gente sair da mão do atravessador e poder negociar nossa própria produção. Tem nos fortalecido na agricultura. A gente sofria com essa necessidade de escoar a nossa produção” – ressalta.
Com o período da cheia, os moradores estão na expectativa que o nível do rio diminua para continuar com o cultivo, esclareceu Maria Macambira, que enfatizou a importância da organização comunitária para melhorar a renda dos produtores rurais: “A gente vem trabalhando na agricultura na região. Antes de existir essas instituições como cooperativas com venda pelo PAA, a gente sempre teve essa dificuldade de distribuir nosso produto, comercialização. Não tínhamos um endereço certo pra enviar, mas quando a gente teve a oportunidade de conhecer essa venda para o PAA e Merenda Escolar, a gente teve a oportunidade de vender nosso produto melhor. Já tem preço e lugar certo. A gente teve muito resultado. Isso tem ajudado bastante na nossa economia da região” – conta.
Esta ação faz parte das iniciativas do Programa Floresta Ativa que visa contribuir para melhoria da renda das populações ribeirinhas, aumentando a oferta de alimentos, frutas e sementes para venda direta com sustentabilidade.