Projeto ‘Vozes do Tapajós combatendo as Mudanças Climáticas’ inicia atividades integrando jovens e mulheres no PA

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Gerido pelo Saúde e Alegria, o projeto é parte da iniciativa global Vozes da Ação Climática (VAC), que ocorre até março de 2024 e é coordenado pela Fundação Avina

O Projeto Saúde e Alegria deu início, no dia 10/03, à primeira atividade presencial do projeto ‘Vozes do Tapajós combatendo as Mudanças Climáticas’ que integra uma coalizão de seis instituições com atuação na região do alto e médio Tapajós e baixo Amazonas. Juntos, Saúde e Alegria, Sapopema, CITA, Citupi, Suraras do Tapajós, Coletivo Audiovisual Munduruku Dajekapapeypi e STTR-Stm, promoverão agenda comum sobre o tema das mudanças climáticas, agregando e fortalecendo iniciativas que já compõem a agenda de trabalho das organizações.

A primeira oficina de planejamento discutiu as atividades desenvolvidas pelas instituições, movidas pelo desejo de entender o que pode ser feito nas comunidades para minimizar os impactos das mudanças climáticas e quais ações no dia a dia podem contribuir para diminuir a degradação ambiental.

“É uma iniciativa que pretende dar possibilidade dos movimentos sociais, organizações de base comunitária, expressarem e se articularem em torno desse tema das mudanças climáticas. É um assunto que afeta a vida de todo mundo. A ideia desse projeto é que as organizações elaborem planos de ação, especialmente de sensibilização, comunicação e engajamento das comunidades, para que esse tema das mudanças climáticas seja apropriado por elas, que são quem sofrem os impactos no seu dia a dia” – explicou o coordenador do PSA, Fábio Pena.

Cada uma das organizações terá a liberdade de construir agendas para defesa de soluções climáticas em territórios que estão ambientalmente ameaçados, por meio da criação de espaços de diálogo, formação e estratégias de comunicação. A intenção é construir narrativas potentes que deem voz às suas causas e mobilizem a sociedade na busca por soluções para os problemas das mudanças climáticas na região do Tapajós.

Para a professora da Ufopa e da coordenação da Sapopema, Socorro Pena, o projeto possibilita um anseio comum de repensar práticas socioambientais e articular a comunicação de atitudes que podem ser partilhadas: “Essa integração é muito importante para proporcionar ações de formação e capacitação de jovens e mulheres” – conta.

A partir da definição do modelo de governança para o arranjo institucional dos diferentes territórios, serão fortalecidas capacidades técnicas e apropriação da agenda climática, apoiando planos de ação para aumentar sua incidência sobre o tema. Instituições de base como o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, estão entusiasmadas com a possibilidade de engajar as novas gerações no projeto: “É muito importante porque vai abranger um número muito grande de jovens de territórios como do baixo e alto Tapajós” – ressaltou a secretária da juventude do STTR, Kecia Mota.

Mudanças climáticas afetam diretamente povos indígenas de áreas da floresta Amazônica. Foto: Caetano Scannavino.

A expectativa de lideranças indígenas é que através do uso de tecnologias digitais, consigam potencializar a participação de representantes de movimentos locais em fóruns, redes, conselhos e demais espaços públicos de governança da agenda climática do país. Lucas Tupinambá, da coordenação do Conselho Indígena Tupinambá, aposta na produção audiovisual: “Fazer uma demarcação no audiovisual que é importante para divulgar nossa luta e resistência, que somos contrários a projetos madeireiros, mineração” – esclarece.

Jovens, mulheres e lideranças comunitárias serão estimulados a debater o tema, entender como as mudanças climáticas estão afetando a nossa vida e discutir soluções que as comunidades já têm para a defesa ambiental, do território. “isso é muito importante porque o projeto vai trazer melhoria para nossa equipe, com mais experiência para continuar mostrando a nossa realidade” – disse a coordenadora do coletivo audiovisual Munduruku, Audira Munduruku.

O Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA), reforçou a urgência de ações imediatas para defesa do clima. “Estamos pensando a curto e médio prazo para que a gente viabilize iniciativas, como grandes discussões que integrem a nossa área de atuação” – comentou o conselheiro, Anderson Tapuia.

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