Crise hídrica alerta para necessidade de filtros de água; saiba como ajudar

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Em dois anos, o Projeto Saúde e Alegria distribuiu 4.805 tecnologias para tratamento de água contaminada, beneficiando cerca de 7 mil famílias. Iniciativa pretende ganhar escala e multiplicar resultados em parceria com a ONG DoeBem

Em 2022, o Projeto Saúde e Alegria (PSA) iniciou um trabalho de distribuição de tecnologias de filtragem de água para reduzir os impactos da crise hídrica na Amazônia. Em dois anos de atuação, o projeto já  beneficiou mais de 7 mil famílias de territórios da do Baixo Amazonas, Aldeias do Tapajós, Região do Combu e  cidades do Rio Grande do Sul, durante as enchentes no estado. O trabalho é fruto de uma parceria com organizações e movimentos sociais que ajudam nesta causa humanitária e de saúde pública. Entre os parceiros, estão a Water Is Life, Fundação Iturri, Água Camelo e Sanofi. 

Um dos objetivos do acesso aos filtros é a redução de doenças. Muitas pessoas ainda utilizam água de rios e igarapés para consumo, e enfrentam problemas de saúde relacionados à qualidade da água. A crise climática e a atividade garimpeira colaboram para essa situação, que se agrava a cada ano.

“Com essa crise que estamos vivendo, cada vez mais, esses filtros são importantíssimos. Para que as pessoas, ao utilizar a água, passem por esse filtro e ele elimine o que provoca contaminação. Ele ajuda nesta situação de emergência e também no dia a dia, para garantir água tratada” disse Eugênio Scannavino, médico sanitarista e fundador do PSA.

Para o tratamento de águas contaminadas, 4.805 tecnologias foram distribuídas beneficiando cerca de 7 mil famílias. Os filtros incluem quatro principais tecnologias: Filtros de nanotecnologia; Filtros de uso comunitário, Mochilas filtradoras e Canudos filtradores. As tecnologias são capazes de reter até 99,99% de bactérias, protozoários e outras impurezas, garantindo água limpa e segura para consumo. Além dos filtros-baldes, outras tecnologias estão sendo distribuídas para garantir o acesso à água potável na região. 

“É uma medida muito importante, uma alternativa que todas as famílias podem ter acesso. É uma tecnologia,relativamente barata para os benefícios que traz. Estamos nos esforçando para distribuir esses filtros e dar acesso a água tratada para o maior número de pessoas. Isso não é um favor, é um direito que todo cidadão tem” finalizou Eugênio.

Soluções para enfrentar a crise climática 

Em 2023, durante a forte seca na Amazônia, vinteVinte e cinco comunidades da várzea do município de Santarém e Oriximiná foram beneficiadas com a distribuição de filtros coletivos. Os filtros comunitários doados são de alta capacidade  e possibilitam a remoção de impurezas da água, que neste período de intensa estiagem, estão totalmente impróprias para o consumo.

“A nossa água está muito ruim. O filtro faz com que a nossa água fique boa pra nós e nossas crianças” – Olane Rego, Surubiu Açu.

Nova doação de filtros comunitários beneficia cinco comunidades de várzea

Em 2024, a distribuição de mochilas filtradoras beneficiou quarenta e sete famílias de três comunidades da região de várzea do município de Santarém. Pessoas em extrema vulnerabilidade hídrica, agravada pela seca severa com ‘Kits Camelos’, tecnologias criadas para possibilitar água de qualidade para o consumo dentro de casa a partir de quatro etapas: captação, transporte, armazenagem e filtragem. Os filtros doados auxiliam na filtragem da água, coletada com muita dificuldade e com baixa qualidade. 

“A gente passa por uma situação muito difícil. Esse ano essa estiagem foi muito grande, famílias que passaram necessidade, principalmente para conseguir o próprio sustento, porque não podiam sair para pescar”, destaca Rosana Pimentel, coordenadora local do núcleo de base da Z-20.

Famílias ribeirinhas de Óbidos e Santarém recebem Kits Camelo para tratar água barrenta

Tecnologia no Território Munduruku 

Uma iniciativa colaborativa entre várias organizações resultou na distribuição de duzentos filtros-baldes junto às aldeiasas aldeias Munduruku do Médio e Baixo Tapajós, áreas impactadas por garimpos ilegais, zonas rurais dos municípios de Itaituba e Jacareacanga, no estado do Pará. As aldeias da TI Sawré Muybu, pertencentes à etnia Munduruku, dependem exclusivamente de fontes superficiais, como rios, igarapés e chuvas. Sujeitas à contaminação por resíduos de garimpo ilegal, essas fontes estão em sua maioria poluídas e comprometem a qualidade da água de consumo.

“Antes nós consumíamos água suja do igarapé. Sofria muito com diarreia quando o rio estava chegando com a enchente. Com os filtros, melhorou bastante. Essas doenças diminuíram mais e melhorou bastante a nossa saúde” – Senin Karo Munduruku, indígena da aldeia Sawre Aboy.

Dia mundial da água: filtros de nanotecnologia auxiliam indígenas no tratamento da água contaminada 

Como ajudar?

Uma parceria com a ONG DoeBem, que se sensibilizou com a causa, está ajudando a conseguir mais filtros e levar essa tecnologia para famílias que enfrentam dificuldades de acesso a água. 

 AJUDE

Doando R$ 17, você promove 1 ano de água potável para 1 pessoa. Com o valor de R$ 85, promove 1 ano de água potável para 1 família. Pode doar também R$ 213 e permitir a entregas de 1 filtro portátil para 1 família. O valor de R$ 1,5 mil ajuda a evitar a perda de 1 ano de vida saudável devido a morte prematura ou incapacidade provocada pela insegurança hídrica.

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