Seguem avançando diálogos para que a região do Tapajós receba o maior evento esportivo da história. Em Brasília, o PSA participou de conversa com a Ministra dos Esportes, o presidente da Embratur e o Mana Group Sports & Entertainment
Santarém receberá em 2025 o Amazon Tri, projeto que visa a divulgação internacional da Amazônia por meio do esporte. Uma das ações da iniciativa é a realização do The Race Against Time (A Corrida Contra o Tempo), uma prova de triathlon contra o relógio que reunirá os melhores atletas do Planeta em Alter do Chão, em fevereiro de 2025. O objetivo é também chamar atenção para as narrativas de sustentabilidade global e para as alterações climáticas.
Após os primeiros diálogos em fevereiro deste ano entre o Mana Group Sports & Entertainment, lideranças de Alter do Chão, Prefeitura Municipal de Santarém e o Projeto Saúde e Alegria, novos encontros estão sendo articulados para a realização do evento que também tem como proposta envolver os moradores no Amazônia Tri.
Na última semana, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) – Marcelo Freixo, a ministra dos esportes – Ana Moser, o vencedor do primeiro Triathlon realizado no Brasil – Roger de Moraes e o coordenador do PSA – Caetano Scannavino, se reuniram em Brasília para tratar da operacionalização do evento que acontecerá no ano da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
“Esse evento junto com o Ministério dos Esportes pensando a questão ambiental com a comunidade local, gerando emprego e chamando a atenção para um lugar tão importante como Alter do Chão às vésperas da COP30 é muito importante e a Embratur está de cabeça nisso” – avaliou Freixo que dias depois apresentou a proposta ao presidente em exercício Geraldo Alckmin: “falei pra ele do nosso projeto do Triathlon e ele falou que foi de carro para Alter do Chão, por onde passou. A gente trouxe os números do turismo, falamos dos desafios”, contou.
O projeto surgiu a partir da iniciativa Amazônia 2030, uma rede com representantes dos setores acadêmicos, empresariais e da sociedade civil, entre os quais o Projeto Saúde e Alegria, reunidos para pensar a região e caminhos para um futuro mais sustentável. A ideia é realizar um evento diferenciado, que envolve o apoio ao esporte, o incentivo à cultura, atividades paralelas com temáticas associadas ao meio ambiente e Amazônia, mostrando não só os problemas, mas também as soluções, além dos legados que ficam para comunidade. “No marco das competições, pretende-se promover os atletas da região com competições paralelas, eventos culturais, shows, o turismo, a gastronomia, movimentando a economia local, o debate do meio ambiente, da sustentabilidade, das mudanças climáticas, da Amazônia para o mundo”, ressaltou Scannavino.
O esporte que combina natação, ciclismo e corrida conta com a participação de esportistas que, além das disputas, aproveitam para conhecer os pontos turísticos da região.
“O Triathlon para a Amazônia será transmitido ao vivo para 86 países em todos os continentes do planeta atingindo um alcance doméstico de bilhões de pessoas. O evento reunirá os vinte melhores atletas do mundo nesses esportes envolvendo-os nas narrativas em prol da floresta em pé, estabilidade climática e sustentabilidade global. Uma verdadeira corrente positiva em defesa da Amazônia e do planeta” – Roger de Moraes, Mana Group Sports & Entertainment.
“A questão da representatividade do povo e do país, é uma força muito grande na relação com o potencial de turismo que o país pode receber” – Ana Moser, Ministra do Esporte.
A expectativa é que com a visibilidade oportunizada pelo The Race Against Time (A Corrida Contra o Tempo), a vila balneária de Alter do Chão possa alcançar a valorização do turismo local e das iniciativas sustentáveis da região. Em fevereiro, lideranças do Conselho Comunitário de Alter alinharam perspectivas e potenciais para o evento esportivo e avaliaram positivamente a iniciativa. “É uma oportunidade muito boa, não tem como ficar contra um projeto desse que vai beneficiar Alter do Chão. Que incentiva o esporte. Que vai levar o nome da nossa cidade e de Alter para os quatro cantos do mundo. A gente agradece o apoio. O Conselho Comunitário apoia e torcemos para que dê certo”, comentou Mauro Vasconcelos, presidente do Conselho.
“Eu fiquei encantado e entusiasmado com o Projeto. A gente já se compromete a empreender todos os esforços a partir da Prefeitura de Santarém, para a gente dar total apoio para realização desse projeto, que vai ser muito bom para a divulgação de Alter do Chão para o mundo inteiro” – Prefeito de Santarém, Nélio Aguiar.
O maior evento de Triathlon do mundo pode significar um importante avanço para a consolidação de uma estratégia de turismo local para quem mora na vila e para o comércio local. Para o Projeto Saúde e Alegria, que há mais de três décadas busca o desenvolvimento integrado e sustentável para as populações da região, esse é um momento de investir nas parcerias para melhorar as condições de vida dos moradores. “São novos tempos e a gente vem sendo bastante demandado para trazer ideias pela Amazônia aqui pela capital do país, Brasília. Eu saio muito feliz com as conversas que a gente está tendo. A gente percebe que há uma motivação, que o esporte e a cultura são elos de união necessários para soma de esforços por uma Amazônia com mais Saúde e Alegria”, acrescenta Scannavino.
No mês de julho, será promovido um novo encontro entre a organização do evento e comunitários de Alter para encaminhar demandas antigas dos moradores, intervenções pedagógicas para formação de guias turísticos para trilha, chefes em gastronomia para atleta, socorristas, capacitação para equipe de apoio para evento de triathlon, além de projetos para restauração ambiental, coleta seletiva de resíduos sólidos e melhoria da qualidade da água. “Esse Triathlon promete ser um dos maiores espetáculos esportivos do ano, inaugura um novo modelo de eventos esportivos utilizados como um meio de desenvolvimento socioambiental e promete fomentar o esporte, a conservação do meio ambiente, além de melhorar a qualidade de vida das comunidades locais”, acrescenta Roger de Moraes.